A lente colocada nos meus olhos é focada para o item segurança. Ao perambular por nossa cidade e região verifico que grande parte das residências e condomínios fornecem mais facilidades do que dificuldades para os marginais. Quando viajo a trabalho ou lazer, percebo que em outros estados à problemática é a mesma, ou seja, os lares carecem de um esquema de segurança eficiente. Falta profissionalismo, sobra amadorismo.
Tenho notado também, que boa parte das construtoras, ao elaborarem a planta do novo empreendimento, esquecem não se preocupam, em criar uma edificação voltada para impedir furtos e assaltos. Desta forma, o “problema” ira estourar nas mãos dos compradores que perceberão as falhas, logo nas primeiras semanas, após a mudança.
Guarita mal posicionada, muros baixos, entrada para garagem totalmente devassada, portão automático de péssima qualidade e lento, falhas estruturais na portaria, principalmente para o atendimento de prestadores de serviços e estranhos, são alguns dos problemas mais comuns.
A correção desses erros custará um bom dinheiro aos novos moradores, que não contavam com esse dispêndio.
A conclusão é uma só: o projeto arquitetônico não levou em conta os aspectos básicos de segurança patrimonial. E quem arcará com esse prejuízo? Já comentei dos aspectos estruturais, mas não posso esquecer do material humano. A função do porteiro é fundamental, tanto em condomínios residências e comerciais, como nas indústrias.
Aí surge uma pergunta importante: O homem responsável pela portaria foi treinado e reciclado para atender regras básicas de segurança? A resposta que mais ouço é não.
Conclusão: Todo o investimento feito no projeto de segurança patrimonial irá por água abaixo, no momento em que o responsável pela portaria (sem o devido treinamento) falhar no procedimento. O problema parece estar resolvido, quando temos o equipamento certo, juntamente com o treinamento dos funcionários responsáveis pela segurança. Definitivamente não. Resta ainda conscientizar os moradores que deverão seguir a risca, as normas procedimentais relativas à segurança.
Normalmente, alguns moradores, desautorizam o homem da portaria, no momento em que não desejam passar por todos os procedimentos de rotina. É nesse instante que se abre uma brecha para o “trabalho” dos criminosos.
É de se frisar que o marginal habituado a assaltar prédios ou empresas, faz uma análise conjuntural do local a ser invadido. Se ele perceber que aquele edifício possui regras rígidas e equipamentos de segurança bem localizados, é natural que ele procure outro condomínio mais desprotegido, para atuar. É a lei do menor esforço.
Leitor lembre-se dessa máxima: “O marginal procura facilidade e não dificuldade”.