A resposta a esta importante pergunta está explanada na matéria abaixo, assinada pela jornalista Bárbara Souza, extraída do informativo da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic): Segurança já define escolha de um imóvel.

Foi-se o tempo em que mais de uma vaga na garagem, piscinas, metros e metros quadrados de área construída e boa localização eram os principais itens para atrair moradores em lançamentos imobiliários na capital – da classe média ao alto padrão. O exigente público paulistano agora quer saber, enquanto o projeto ainda está na planta, qual será o diferencial de segurança.

“É uma questão fundamental, está entre as primeiras perguntas do cliente na hora da compra”, diz o gerente de Incorporações da Company Construtora, Fabio Romano. Culpa dos arrastões, dos sucessivos assaltos a condomínios luxuosos e dos seqüestros na entrada dos edifícios. A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic) estima que 20 prédios são assaltados por mês na capital. “É um dado que nem sempre chega à delegacia. Muitos não registram queixa para não manchar a imagem do condomínio”, diz o presidente da entidade, Cláudio Anauate. O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) confirma que segurança é a maior preocupação de quem compra um imóvel hoje. “Quem não oferecer segurança está em desvantagem no mercado”, diz o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi, Hubert Gebara. “É uma preocupação do setor e cada vez mais vem sendo pensada antes de a obra sair do projeto”, afirma Anauate. Isso evita, por exemplo, que a guarita seja mal localizada e os muros dificultem a instalação de equipamentos, como câmeras e alarmes. Para quem compra o imóvel, o item segurança às vezes vem em primeiro plano. “Tenho três filhas e não posso me descuidar com relação à proteção”, diz a empresária Siomara de Cássia Tavares. Mas o conceito de segurança, segundo especialistas, não se limita apenas a equipamentos e homens rondando o imóvel. Antes de tudo isso, o condomínio precisa ter um bom planejamento de atitudes e deixar claro aos moradores o tipo de comportamento que devem ter. “Há toda uma rotina dos profissionais que trabalham no condomínio, do porteiro ao vigia”, explica o consultor de segurança empresarial e patrimonial Carlos Roberto Faria Salaorni. “A colaboração dos moradores para cumprir as normas é fundamental.” O diretor da Incorporadora Coelho da Fonseca, Sergio Vieira, diz que a sofisticação do esquema de proteção deve antecipar-se à “tecnologia” usada pelos assaltantes para ter acesso aos condomínios. “Qual eles vão preferir, os bem equipados e com guardas ou os que parecem vulneráveis? Embora muita gente não tenha percebido, vivemos numa guerra civil silenciosa”, afirma.