A campainha da casa ou o interfone do prédio tocaram.
É um entregador carregando presente super enfeitado.
O leitor enxerga algum perigo?
Em nov/2014, pela manhã, essa cena ocorreu na mansão da família Scarpa, em São Paulo.
A funcionária da família atendeu ao pedido do entregador e abriu a porta. Para sua surpresa, tratava-se de assalto. Quatro homens armados de fuzis invadiram a casa e renderam todos. A ação criminosa durou 40 minutos. Foram subtraídas joias, dinheiro, bolsas, sapatos e óculos de grife.
Pergunta importante se faz presente: Esse crime poderia ter sido evitado?
Claro que sim. Jamais se deve abrir porta para pessoa estranha sem antes realizar algumas perguntas: Quem está enviando essa entrega? O senhor trabalha aonde? Qual endereço e telefone para confirmação?
Se tomarmos algumas medidas de ordem preventiva, é relativamente simples descobrir se a entrega é idônea.
Outro ponto a ser discutido, é como receber mercadorias em casa ou em prédio.
Para que o recebimento da mercadoria seja realizado de forma segura, é necessário um equipamento feito de aço balístico, chamado “passa volumes”, que deve ser instalado em parede de alvenaria.
Não deve acontecer contato físico e nem visual entre o entregador e o recebedor.
Em prédios onde a fachada é de gradil, orientamos síndicos a erguer pequeno muro lateral à guarita, para instalação de passa volume e interfone, pois dessa forma a entrega pode ser feita sem colocar em risco a segurança do condomínio.
Antigamente era comum abrirmos a porta de casa para qualquer pessoa. Muitas vezes o entregador era convidado para tomar cafezinho na cozinha.
Hoje em dia esse tipo de gentileza pode resultar em invasão criminosa e até morte.