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Category Archives: Dicas

Sentimento de Negação – o aliado dos bandidos

Há 15 anos realizo pesquisas incessantes em relação à criminalidade, descobrindo formas de prevenção que podem ser usadas por qualquer pessoa e com isso reduzir sensivelmente o risco de assalto. Entrevistei centenas de marginais e fiz uma descoberta interessantíssima que traduz numa singela frase: “O marginal procura facilidade e não dificuldade”.

Como tudo na vida, procuramos a forma mais fácil de agir, que nos leva a caminhos menos perigosos, evitando correr riscos desnecessários. Os criminosos pensam e agem dessa forma. O leitor pode ter certeza de uma coisa, os bandidos não escolhem suas vítimas aleatoriamente, por acaso. Eles perambulam pelas ruas, a pé, de moto ou dirigindo um carro, procurando minuciosamente uma pessoa que esteja desligada em relação ao item segurança.

Certa vez, atendi uma ocorrência no plantão policial que versava sobre roubo de auto. O vendedor M.C.L. estava no interior de seu carro Voiage, juntamente com sua namorada H.F., próximo ao fórum. Era verão, os vidros do veículo estavam abertos e os pombinhos trocavam carícias observando o inebriante luar. Dois jovens passavam pelo local, quando ouviram alguns suspiros e perceberam que duas pessoas estavam dentro do carro estacionado embaixo de uma árvore. Eles pararam por alguns segundos, observaram que a rua estava completamente deserta, sacaram de suas armas de fogo e com a maior facilidade acabaram com o prazer noturno do casal.

O vendedor M.C.L. ficou sem seu veículo e foi para a delegacia formular o registro do crime. Ao final da ocorrência, entreguei uma cópia do BO para ele e fiz a seguinte pergunta: “Você não tinha calculado que ficar dentro do carro a essa hora da madrugada, numa rua deserta era perigoso?”. A vítima, meio sem graça diz: “Claro que eu achava perigoso, mas não acreditava que pudesse acontecer comigo”.

Na verdade, o relato dessa vítima retrata o pensamento de muitas pessoas que já foram assaltadas. Elas sabem que estão se expondo ao perigo ao realizar algum tipo de conduta, mas não acreditam na possibilidade criminosa de uma abordagem naquele momento.

É o que chamo em meu livro, de “Sentimento de Negação”, onde a pessoa, mesmo vislumbrando uma possibilidade de assalto, prefere “negar” que esse sentimento venha se transformar em realidade continuando com sua conduta perigosa.

Outro caso interessante que participei, há mais de 8 anos ocorreu na Grande São Paulo. Trafegava com a viatura policial, por volta das 23h quando percebi um sobrado com a porta da frente escancarada. A luz da sala estava apagada e o silêncio tomava conta do local. Chamei o reforço policial, pois acredita na ocorrência de roubo a residência. A sala estava vazia e a sala de jantar também. Ao adentrar na cozinha ouvi um barulho vindo dos fundos da casa. A tensão tomou conta de todos os policiais que ali estavam. Cercamos toda a residência e no momento crucial de invadir o quintal, encontramos 5 pessoas jogando buraco ao ar livre, em razão do forte calor que fazia naquela noite. A dona da casa disse que deixara a porta da casa aberta para ventilar um pouco. Mencionei o perigo de tal atitude e ela concluiu: “O senhor tem toda razão. Eu sei do perigo, mas nunca acreditei na possibilidade de ladrões invadirem minha casa. A partir de hoje vou tomar mais cuidado e não dar chance aos marginais”.

Portanto, dê um chega prá lá nesse sentimento de negação que já fez com que muitas pessoas desavisadas se transformassem em vítimas.

Lembre-se que o assaltante sai de casa e não possui vítima definida, na maioria das vezes. Ele procura alguém que “facilite” seu ofício criminoso.

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Medo justificado e medo não justificado

Medo é um mecanismo de nosso inconsciente, criado para nos proteger. É um poderoso instrumento que pode nos alertar dos perigos. Poucas pessoas entendem a importância do medo e acabam sendo dominadas por ele, gerando, assim, problemas de ordem emocional, como síndrome do pânico, fobias, traumas etc.
Não devemos deixar o medo nos dominar, mas sim fazer dele um instrumento de alerta precioso, que nos avisa dos perigos que estão ao nosso redor.
O medo é um bom empregado, mas um péssimo patrão. Coloque-o para trabalhar para você e obtenha resultados favoráveis à sua segurança e bem-estar.
O medo, às vezes, confunde-se com o que chamamos de “preocupação exarcebada” ou sem motivo aparente. Quando isso acontece, temos o “medo injustificado”, que nada mais é que o medo criado pela mente, fruto da imaginação. É como preocupar-se com a preocupação.

Qual é o seu medo?

A mãe permite que seu filho que já tem 21 anos e tirou sua carteira de motorista há três dirija o carro dela para ir a uma festa. O rapaz promete voltar antes da meia-noite, mas ela não consegue dormir, pois fica preocupada, pensando na possibilidade de um grave acidente ou de um seqüestro relâmpago. O garoto não chega no horário combinado e a mãe, desesperada, liga várias vezes para o celular dele, mas só dá caixa postal. Quando ela já se preparava para ir à polícia denunciar o desaparecimento do filho, ele chega a casa e, sem dar muitas explicações, vai para o quarto dormir. A mãe, então, tranqüiliza-se, percebendo que tivera um “medo injustificado”. Porém, se o filho não tivesse habilitação e treinamento para dirigir e ainda assim a mãe permitisse que ele conduzisse o carro dela, aí, então, teríamos um caso de “medo justificado”.

Os riscos da inércia e da omissão

A inércia e a omissão de muitos pais em mostrar a seus filhos — crianças e adolescentes — os caminhos que levam à segurança podem acarretar duas conseqüências:

1. Os pais passam a ter problemas de ordem emocional, pois no fundo sabem que seus filhos não estão preparados para conviver com os perigos da vida.

2. Os filhos, por absoluta falta de informação, passam a correr riscos desnecessários.
Em países desenvolvidos, nos quais os índices de criminalidades e de acidentes são reduzidíssimos, as pessoas têm uma postura preventiva muito mais aguçada que no Brasil. Ao caminhar pelas ruas do Japão ou da Finlândia, por exemplo, nota-se claramente que as pessoas estão muito atentas à sua proteção, o que não se costuma ver em países com taxas elevadas de crimes violentos, como o Brasil, a Colômbia ou a Venezuela.

O segredo para a diminuição de riscos em nações consideradas de primeiro mundo é o investimento maciço do governo em cultura preventiva, abrangendo não apenas os adultos, mas também — e principalmente — as crianças.
Prevenção funciona como uma capa invisível que nos protege da criminalidade e nos livra de acidentes. Enquanto alguns países preferem tratar das doenças, outros, mais avançados, investem pesadamente em saúde, como forma de qualidade de vida. Esse é o principio da prevenção.

Em algumas áreas dos Estados Unidos, quando uma família deseja fazer uma festa em sua casa em que servirá bebida alcoólica, é obrigada a avisar a delegacia do bairro com antecedência, informando o horário de início e de término da festa. No dia do evento, uma viatura da polícia fica estacionada na frente da residência, evitando que pessoas embriagadas dirijam veículos. Na Brasil, a polícia espera o acidente acontecer para, depois, encaminhar uma unidade de resgate ou ambulância para tratar dos feridos ou o carro fúnebre para recolher os corpos dos mortos.

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Ovelhas, lobos e cães pastores

Um veterano do Vietnã, um velho coronel da reserva, certa vez me disse: “A maioria das pessoas em nossa sociedade são ovelhas. Eles são criaturas produtivas, gentis, amáveis que só machucam umas às outras por acidente.”
Um veterano do Vietnã, um velho coronel da reserva, certa vez me disse: “A maioria das pessoas em nossa sociedade são ovelhas. Eles são criaturas produtivas, gentis, amáveis que só machucam umas às outras por acidente.”

Isso é verdade. Lembre que a taxa de assassinatos é de 6 por 100.000, por ano, e taxa de agressões sérias é de 4 por 1000, por ano. O que isso significa é que a esmagadora maioria dos norte americanos não são inclinados a machucarem uns aos outros.

Algumas estimativas dizem que dois milhões de americanos são vítimas de crimes violentos todo ano. Um números trágico, assustador, talvez um recorde em matéria de crimes violentos. Mas existem quase 300 milhões de americanos, o que significa que as chances de ser vítima de um crime violento ainda é consideravelmente menor que uma em cem, em qualquer ano. Ainda, como muitos dos crimes violentos são praticados pelas mesmas pessoas, o número real de cidadãos violentos é consideravelmente menor que dois milhões.

Há um paradoxo aí, e devemos pegar ambos os lados da situação: Nós podemos estar vivendo a época mais violenta da história, mas a violência ainda é surpreendentemente rara. Isso é porque a maioria dos cidadãos são pessoas gentis e decentes que não são capazes de machucarem umas às outras, exceto por acidente ou sob provocação extrema. Elas são ovelhas.

Eu não quero dizer nada negativo quando as chamo de ovelhas. Para mim a situação é como a de um ovo de passarinho. Na parte de dentro ele é gosmento e macio, mas algum dia ele se transformará em algo maravilhoso. Mas o ovo não pode sobreviver sem sua casca dura. Policiais, soldados e outros guerreiros são como essa casca, e algum dia a civilização que eles protegem tornar-se-á algo maravilhoso. Por enquanto, eles precisam de guerreiros para protegê-los dos predadores.

“E então há os lobos”, disse o velho veterano de guerra, “e os lobos alimentam-se das ovelhas sem perdão.” Você acredita que há lobos lá fora que irão se alimentar do rebanho sem perdão? É bom que você acredite. Há homens perversos nesse mundo que são capazes de coisas perversas. NO INSTANTE EM QUE VOCÊ ESQUECE DISSO, OU FINGE QUE ISSO NÃO É VERDADE, VOCÊ SE TORNA UMA OVELHA. Não há segurança na negação.
“E então há os cães pastores”, ele continuou, “e eu sou um cão pastor. Eu vivo para proteger o rebanho e confrontar o lobo.” Se você não tem capacidade para a violência, então você é um saudável e produtivo cidadão, uma ovelha. Se você tem capacidade para a violência e não tem empatia por seus concidadãos, então você é um sociopata agressivo, um lobo. Mas e se você tem capacidade para a violência e um amor profundo por seus conterrâneos? O que você tem então? Um cão pastor, um guerreiro, alguém que anda no caminho do herói. Alguém que pode entrar no coração da escuridão, dentro da fobia humana universal e sair de novo.

Deixe-me desenvolver o excelente modelo de ovelhas, lobos e cães daquele velho soldado. Nós sabemos que as ovelhas vivem em negação da realidade, e isso é o que as faz ovelhas. Elas não querem aceitar o fato de que há mal neste mundo. Elas podem aceitar o fato de que incêndios podem acontecer, e é por isso que elas querem extintores, sprinklers, alarmes e saídas de incêndio em tudo quanto é canto das escolas de seus filhos.

Mas muitas delas ficam ultrajadas diante da ideia de colocar um policial armado na escola de seus filhos. Nossos filhos são milhares de vezes mais suscetíveis a serem mortos ou seriamente feridos por violência escolar do que por fogo, mas a única resposta da ovelha para a possibilidade de violência é a negação. A ideia de que alguém venha matar ou ferir seus filhos é muito dura, então elas escolhem o caminho da negação.

As ovelhas geralmente não gostam dos cães pastores. Ele parece muito com o lobo. Ele tem dentes afiados e a capacidade para a violência. A diferença, no entanto, é que o cão pastor não deve, não pode e não irá nunca machucar as ovelhas. Qualquer cão pastor que intencionalmente machuque a ovelhinha será punido e removido. O mundo não pode funcionar de outra maneira, pelo menos não em uma democracia representativa ou uma república como a nossa.

Ainda assim, o cão pastor incomoda a ovelha. Ele é uma lembrança constante que há lobos lá fora. As ovelhas prefeririam que ele não lhe dissesse para onde ir, não lhe desse multas e nem ficasse nos aeroportos, com roupas camufladas e segurando um M-16. As ovelhas prefeririam que o cão guardasse suas garras e dentes, se pintasse de branco e dissesse: “Bee!”.

Até que o lobo aparece. Aí o rebanho inteiro tenta desesperadamente esconder-se atrás de um único cão.

Os estudantes, as vítimas, na escola de Columbina eram adolescentes, grandes e durões. Sob circunstâncias ordinárias, elas nunca gastariam algum tempo de seu dia para dizer algo a um policial. Elas não eram crianças ruins, elas simplesmente não teriam nada a dizer a um policial. Quando a escola estava sob ataque, no entanto, e os times da SWAT estavam entrando nas salas e corredores, os policiais tinham praticamente que arrancar os adolescentes que se agarravam às suas pernas, chorando. É assim que as ovelhinhas se sentem quando a respeito de seus cães pastores quando o lobo está na porta.
Olhe o que aconteceu depois do 11 de setembro, quando o lobo bateu forte na porta. Lembram-se de como a América, mais do que nunca, sentiu-se diferente a respeito de seus policiais e militares? Lembram-se de quantas vezes ouviu-se a palavra “herói”?

Entendam que não há nada moralmente superior em ser um cão pastor; é apenas aquilo que você escolhe ser. Entendam ainda que um cão pastor é uma criatura esquisita. Ele está sempre farejando o perímetro, latindo para coisas que fazem barulho durante a noite, e esperando ansiosamente por uma batalha. Os cães jovens anseiam por uma batalha é melhor dizer. Os cães velhos são mais espertos, mas ao ouvir o som das armas e perceberem que são necessários eles se movem imediatamente, junto com os jovens.

É aqui que as ovelhas e cães pensam diferente. A ovelha faz de conta que o lobo nunca virá, mas o cão vive por aquele dia. Depois dos ataques de 11 de setembro, a maior parte das ovelhas, isto é, a maioria dos cidadãos na América disse “Graças a Deus que eu não estava em um daqueles aviões”. Os cães pastores, os guerreiros, disseram, “Meu Deus, eu gostaria de ter estado em um daqueles aviões. Talvez eu pudesse ter feito a diferença.” Quando você está verdadeiramente transformado em um guerreiro, você quer estar lá.

Você quer tentar fazer a diferença. Não há nada de moralmente superior sobre o cão, o guerreiro, mas ele leva vantagem em uma coisa. Apenas uma. E essa vantagem é a de que ele é capaz de sobreviver em um ambiente ou situação que destrói 98% da população.

Houve uma pesquisa alguns anos atrás com indivíduos condenados por crimes violentos. Esses presos estavam encarcerados por sérios e predatórios atos de violência: Assaltos, assassinatos e assassinatos de policias. A GRANDE MAIORIA DISSE QUE ESCOLHIA SUAS VÍTIMAS PELA LINGUAGEM CORPORAL: ANDAR DESLEIXADO, COMPORTAMENTO PASSIVO E FALTA DE ATENÇÃO AO AMBIENTE. Eles escolhiam suas vítimas como os grandes felinos fazem na África, quando eles selecionam aquele que parece menos capaz de se defender.

Algumas pessoas parecem destinadas a serem ovelhas e outras parecem ser geneticamente escolhidas para serem lobos ou cães. Mas eu acredito que a maior parte das pessoas pode escolher qual dos dois eles querem ser, e eu estou orgulhoso de dizer que mais e mais americanos estão escolhendo serem cães.

Sete meses depois do ataque de 11 de setembro, Toddy Beamer foi homenageado em sua cidade natal, Cranbury, Nova Jersey. Toddy, como vocês se lembram, era o homem no voo 93, sobre a Pensilvânia, que ligou de seu celular para alertar um operador da United Airlines sobre o sequestro. Quando ele soube que outros três aviões haviam sido usados como armas, Toddy largou o telefone e disse as palavras “Letãs rol” o que as autoridades acreditam que tenha sido um sinal para os outros passageiros para confrontar os sequestradores. Em uma hora, uma transformação ocorreu entre os passageiros – atletas, homens de negócios e pais – de ovelhas para cães pastores e juntos eles combateram os lobos, salvando um número indeterminado de vidas no chão.

“Não há salvação para o homem honesto, a não ser esperar todo o mal possível dos homens ruins.” – Edmund Bunker.
Aqui é o ponto que eu gosto de enfatizar, especialmente para os milhares de policiais e soldados para os quais falo todo ano. Na natureza, as velhas, as ovelhas de verdade, nascem assim. Cães nascem assim, bem como os lobos. Eles não têm uma chance. Mas você não é uma criatura. Você é um ser humano, e como tal pode ser o que quiser. É uma decisão moral consciente.

Se você quer ser uma ovelha, então você pode ser uma ovelha e está tudo bem, mas você deve entender o preço a pagar. Quando o lobo vier, você e as pessoas que você ama morrerão se não houver um policial por perto para protegê-lo. Se você quer ser um lobo, tudo bem, mas os pastores o caçarão e você não terá nunca descanso, segurança, confiança ou amor. Mas se você quiser ser um cão pastor andar no caminho do guerreiro, então você deve tomar uma decisão consciente DIÁRIA de dedicar-se, equipar-se e preparar-se para aquele momento tóxico, corrosivo, quando o lobo vem bater em sua porta.

Quantos policiais, por exemplo, levam armas para a igreja? Elas estão bem escondidas em coldres de tornozelo, coldres de ombro, dentro dos cintos ou nas costas. A qualquer hora em que você estiver no culto ou na missa, há uma boa chance que um policial na sua congregação esteja armado. Você nunca saberia se havia ou não um indivíduo assim em seu local de adoração, até que o lobo aparece para massacrar você e as pessoas que você ama.

Eu estava treinando um grupo de policiais no Texas e, durante o intervalo, um policial perguntou a seu amigo se ele levava a arma para a igreja. O outro respondeu “Eu nunca vou desarmado à igreja” Eu perguntei porque ele tinha uma opinião tão firme a esse respeito, e ele me contou a respeito de um policial que ele conhecia que estava em um massacre em uma igreja em Farnsworth, Texas, em 1999. Nesse incidente, uma pessoa desequilibrada mentalmente entrou na igreja e abriu fogo, matando quatorze pessoas. Ele disse que o policial acreditava que ele podia ter salvo todas as vidas naquele dia se ele estivesse carregando sua arma. Seu próprio filho foi atingido, e tudo o que ele pôde fazer foi atirar-se sobre o corpo do garoto e esperar a morte. Aquele policial me olhou nos olhos e disse “Você tem ideia do quão difícil é viver consigo mesmo depois disso?

Alguns ficariam horrorizados se soubessem que esse policial estava na igreja armado. Eles o chamariam de paranoico e provavelmente o admoestariam. Ainda assim, esses mesmo indivíduos ficariam enfurecidos e pediriam que “cabeças rolassem” se descobrissem os air bags de seus carros estavam defeituosos, ou que os extintor de incêndio nas escolas de seus filhos não funcionavam. Eles podem aceitar o fato que fogo e acidentes de trânsito podem acontecer e que devem haver medidas de segurança contra eles.

A única resposta deles ao lobo, no entanto, é a negação, e, frequentemente, sua única resposta ao cão pastor é a chacota e o desdém. Mas o cão pastor pergunta silenciosamente a si mesmo “Você tem ideia do quão duro seria viver consigo mesmo se seus entes queridos fossem atacados e mortos, e você ficasse ali impotente porque está despreparado para aquele dia?

É a negação que transforma as pessoas em ovelhas. Ovelhas são psicologicamente destruídas pelo combate porque sua única defesa é a negação, que é contra produtiva e destrutiva, resultando em medo, impotência e horror, quando o lobo aparece.
A negação mata você duas vezes. Mata uma, no momento da verdade, quando você não está fisicamente preparado: você não trouxe sua arma, não treinou. Sua única defesa era o pensamento positivo. Esperança não é uma estratégia. A negação te mata uma segunda vez porque mesmo que você sobreviva fisicamente, você fica psicologicamente destroçado pelo seu medo, impotência e horror na hora da verdade.

Gavin de Becker coloca dessa maneira em “Fear Less”, seu soberbo livro escrito após o 11/Set., leitura requerida para qualquer um tentando entender a atual situação global: “… a negação pode ser sedutora, mas ela tem um efeito colateral insidioso. Apesar de toda a paz de espírito que aqueles que negam a realidade supostamente alcançam por dizerem que as coisas não são tão sérias assim, a queda que eles sofrem quando ficam cara a cara com a violência é muito mais perturbadora.”

A negação é uma situação de “poupe agora pague mais tarde”, uma enganação, um contrato escrito só em letras miúdas. A longo prazo, a pessoa que nega acaba conhecendo a verdade em algum nível.

Assim, o guerreiro deve lutar para enfrentar a negação em todos os aspectos de sua vida, e preparar-se para o dia em que o mal chegará.

Se você é um guerreiro que é legalmente autorizado a carregar uma arma e você sai sem levar essa arma, então você se transforma em uma ovelha, fingindo que o homem mau não virá hoje. Ninguém pode estar ligado 24 horas por dia, 7 dias por semana, a vida inteira. Todos precisam de tempo de repouso. Mas se você está autorizado a portar uma arma e você sai sem ela, respire fundo e diga para si mesmo: “Bééé…”.

Essa história de ser uma ovelha ou um cão pastor não é uma questão de sim ou não. Não é um tudo ou nada. É uma questão de degraus, um continuum. De um lado está uma desprezível ovelha com a cabeça totalmente enfiada na terra, e no outro lado está o guerreiro completo. Poucas pessoas existem que estão completamente em um lado ou outro. A maioria de nós vive no meio termo. Desde 11 Set, quase todos na América deram um passo acima nesse continuum, distanciando-se da negação. A ovelha deu alguns passos na direção de aceitar e apreciar seus guerreiros, e os guerreiros começaram a tratar seu trabalho com mais seriedade. O grau para o qual você se move nesse continuum, para longe da “ovelhice” e da negação, é o grau no qual você estará reparado para defender-se e a seus entes queridos, fisicamente e psicologicamente, na hora da verdade.

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Como receber, com segurança, mercadorias em casa ou em prédio?

A campainha da casa ou o interfone do prédio tocaram.

É um entregador carregando presente super enfeitado.

O leitor enxerga algum perigo?

Em nov/2014, pela manhã, essa cena ocorreu na mansão da família Scarpa, em São Paulo.

A funcionária da família atendeu ao pedido do entregador e abriu a porta. Para sua surpresa, tratava-se de assalto. Quatro homens armados de fuzis invadiram a casa e renderam todos. A ação criminosa durou 40 minutos. Foram subtraídas joias, dinheiro, bolsas, sapatos e óculos de grife.

Pergunta importante se faz presente: Esse crime poderia ter sido evitado?

Claro que sim. Jamais se deve abrir porta para pessoa estranha sem antes realizar algumas perguntas: Quem está enviando essa entrega? O senhor trabalha aonde? Qual endereço e telefone para confirmação?

Se tomarmos algumas medidas de ordem preventiva, é relativamente simples descobrir se a entrega é idônea.

Outro ponto a ser discutido, é como receber mercadorias em casa ou em prédio.

Para que o recebimento da mercadoria seja realizado de forma segura, é necessário um equipamento feito de aço balístico, chamado “passa volumes”, que deve ser instalado em parede de alvenaria.

Não deve acontecer contato físico e nem visual entre o entregador e o recebedor.

Em prédios onde a fachada é de gradil, orientamos síndicos a erguer pequeno muro lateral à guarita, para instalação de passa volume e interfone, pois dessa forma a entrega pode ser feita sem colocar em risco a segurança do condomínio.

Antigamente era comum abrirmos a porta de casa para qualquer pessoa. Muitas vezes o entregador era convidado para tomar cafezinho na cozinha.

Hoje em dia esse tipo de gentileza pode resultar em invasão criminosa e até morte.

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É possível ter segurança sem tirar a comodidade dos moradores?

Em minhas pesquisas e entrevistas com marginais aprendi uma coisa interessante que desejo repassar a vocês. O criminoso “trabalha” normalmente no erro cometido pela vítima, principalmente quando ela preferiu ter comodidade, ao invés de ter uma postura de segurança.

Em 2000 fui convidado a participar de uma matéria que seria exibida em um canal de televisão. Sai às ruas de São Paulo, com uma câmera escondida, procurando flagrantes de imprudência. Observe dois casos básicos de pessoas que encontramos em situação de riscos, pois preferiram à praticidade e a comodidade ao invés da segurança:

1) Eram 16 horas, quando andava a pé para Rua Oscar Freire. Repentinamente vejo um veículo Omega de cor preta estacionar na calçada e rapidamente um executivo desceu pela porta traseira. Foi possível ouvir o executivo avisar o motorista que iria demorar cerca de 30 minutos.

O engraçado é que o prédio que o passageiro do carro entrou tinha estacionamento, mas mesmo assim o motorista resolveu descarregar o passageiro na rua. Para minha surpresa, o motorista abriu todos os vidros do carro, inclinou o banco e resolveu tirar um breve cochilo. De repente uma pessoa para na lateral do carro e pergunta ao motorista sobre uma rua qualquer. Ao perceber que o motorista estava dormindo, resolveu ir embora. Após 20 minutos, me aproximei do carro e dei um grito, dando um enorme susto ao motorista desligado. Para nossa surpresa o veículo Omega era blindado e mesmo assim o motorista preferiu agir imprudentemente em prol de sua comodidade.

2) Às 17h45m parei próximo a saída de alunos de um colégio famoso do Jardim Paulista/SP. Inicialmente se formou uma fila dupla, depois a tripla e logo pude observar fila quádrupla de veículos ocupados com pais com pressa de pegar os filhos. A confusão era tanta que em dado momento uma mãe ao sair com o veículo abalroou uma porta que tinha sido aberta por um motorista que também esperava o filho. A confusão se formou e ficou claro que todos ali buscavam comodidade, em razão da pressa e por esse motivo ocorreu o mencionado acidente.

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Assalto a igreja durante culto termina com fiéis feridos e criminoso morto após troca de tiros

Um assalto a uma igreja evangélica na cidade de Sumaré, interior de São Paulo, durante um culto, terminou com a morte do criminoso na porta do templo.

O rapaz invadiu a igreja durante o culto dominical e anunciou o assalto. Ao pedir dinheiro e objetos, ele ameaçou os fiéis e chegou a agredir uma fiel com uma coronhada. O filho da vítima, inconformado, partiu para cima do assaltante e terminou sendo alvejado na barriga.

No total, haviam 30 fiéis no templo e o assalto levou cerca de 30 minutos, período em que o rapaz reiterava as ameaças exigindo mais dinheiro. As testemunhas afirmaram à reportagem da EPTV que ele portava uma pistola 765.

O marido da fiel que foi agredida com uma coronhada, o pedreiro Luiz Roberto Augusto, conseguiu correr até a calçada e pedir socorro para uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local no momento.

Os policiais foram ao templo e deram voz de prisão ao assaltante, que reagiu e atirou contra os PMs. Na troca de tiros, o criminoso foi atingido duas vezes no abdômen e morreu no local. Com o assaltante, os policiais encontraram três celulares, três relógios e R$ 140,00.

Augusto lamentou o ocorrido: “Ele já chegou armado, puxou a arma, e falou ‘fica calmo que é um assalto’. Ele ficava aterrorizando o pessoal, ameaçando todo mundo, as crianças chorando […] O sentimento que fica é que nós estamos fracos de segurança”, afirmou.

O sentimento também foi compartilhado pelo fiel Giovandro Aquino, em entrevista ao telejornal Bom Dia Cidade: “Todo mundo reunido, adorando a Deus, e de repente, uma pessoa entrar… Fica uma sensação de insegurança”, disse.

O rapaz que foi baleado no assalto, filho do pedreiro Augusto, foi socorrido ao Hospital Estadual de Sumaré e submetido a uma cirurgia. Ele segue internado, em observação médica, se recuperando do ferimento.

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Medidas a serem tomadas no caso de incêndio e a importância da conservação

1. Telefonar ao Corpo de Bombeiros.
2. Fechar o registro de gás na rua.
3. Fechar o registro de gás secundário existente perto do medidor.
4. Chamar os elevadores para o pavimento térreo e certificar-se de que os mesmos estão vazios e desligá-los.
5. Desligar a chave geral do quadro de distribuição de energia elétrica.

CONSERVAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA

1. Não deixar em locais de passagem
2. Evitar deixar lixo no caminho.
3. Não derramar água durante o transporte.
4. Limpar vassouras depois de usá-las.
5. Enxugar os rodos, baldes e latas, antes de guardá-los.
6. Não deixar sabão e/ou sapólio em lugares úmidos.
7. Deixar vidros e latas tampados.
8. Enrolar devidamente o fio do maquinário.
9. Pendurar vassouras e rolos.
10. Lavar panos e flanelas após o uso.
11. Guardar esponjas de aço secas.
12. Usar com máximo cuidado inflamáveis como: Gasolina, varsol, inseticida, removedor, etc.
13. Evitar batidas da enceradeira nas paredes, móveis e objetos.
14. Não desligar tomadas puxando o fio.
15. Colocar escovas com cuidado na enceradeira.
16. Limpar periodicamente as escovas de pelo, com detergente e removedor.
17. Enxugar escovas de nylon depois de usá-las.
18. Limpar e lubrificar a enceradeira semanalmente
19. Limpar periodicamente o aspirador.

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Telefones úteis e emergenciais na guarita!

Em casos de emergência o porteiro terá que acionar o socorro de forma rápida e para tanto precisa ter fácil acesso a números telefônicos de suma importância, tais como:

-Plantão da delegacia de policia local
-Batalhão da policia militar do bairro
-Hospitais públicos e particulares próximos
-Corpo de Bombeiro/Resgate 193
-Companhia de Engenharia de Trafego-CET 194
-Ligue Luz 120
-Telesp 102
-Sabesp 195
-Eletropaulo 196
-Comgas 197
-Assistência técnica de elevadores
-Central de emergência da subprefeitura do seu bairro
-Defesa Civil

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Os equipamentos de segurança resolvem toda a questão de segurança?

Essa pergunta é fundamental para continuarmos nosso trabalho sobre conscientização de segurança.

Preste atenção numa ocorrência policial que atendi. Uma vítima muito bem vestida entra na Delegacia e diz:

Vítima: Dr. roubaram meu carro blindado.
Delegado: O senhor poderia informar a placa de seu auto para que eu possa anunciar o roubo para as viaturas da região.
Vítima: Puxa, tenho o hábito de guardar os documentos do auto no porta luvas e não me recordo da numeração da placa.
Delegado: Conte-me como ocorreu o assalto.
Vítima: Estava dirigindo meu carro, quando volta das 23h30m parei no semáforo vermelho. Um rapaz, aparentando ter 21 anos, se aproximou do vidro do motorista e apontou-me um revólver, anunciando o assalto. Abri a porta e o marginal fugiu em disparada, levando meu carro, carteira, relógio e celular.
Delegado: Mas seu carro não é blindado? Por que abriu a porta?
Vítima: Na verdade, estava com os vidros abertos, pois a noite estava tão linda…

Esse é o exemplo clássico do cidadão que investe em equipamento, mas esquece de usá-lo da maneira correta.

Assim ocorre com os edifícios. O investimento em equipamentos de segurança a alto, mas alguns moradores acreditam que a parafernália eletrônica, substitui a ação preventiva de cada morador. Isso é um grande erro, que tem facilitado e muito a ação dos criminosos.

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Erros freqüentes, prédios vulneráveis

A lente colocada nos meus olhos é focada para o item segurança. Ao perambular por nossa cidade e região verifico que grande parte das residências e condomínios fornecem mais facilidades do que dificuldades para os marginais. Quando viajo a trabalho ou lazer, percebo que em outros estados à problemática é a mesma, ou seja, os lares carecem de um esquema de segurança eficiente. Falta profissionalismo, sobra amadorismo.

Tenho notado também, que boa parte das construtoras, ao elaborarem a planta do novo empreendimento, esquecem não se preocupam, em criar uma edificação voltada para impedir furtos e assaltos. Desta forma, o “problema” ira estourar nas mãos dos compradores que perceberão as falhas, logo nas primeiras semanas, após a mudança.

Guarita mal posicionada, muros baixos, entrada para garagem totalmente devassada, portão automático de péssima qualidade e lento, falhas estruturais na portaria, principalmente para o atendimento de prestadores de serviços e estranhos, são alguns dos problemas mais comuns.

A correção desses erros custará um bom dinheiro aos novos moradores, que não contavam com esse dispêndio.
A conclusão é uma só: o projeto arquitetônico não levou em conta os aspectos básicos de segurança patrimonial. E quem arcará com esse prejuízo? Já comentei dos aspectos estruturais, mas não posso esquecer do material humano. A função do porteiro é fundamental, tanto em condomínios residências e comerciais, como nas indústrias.

Aí surge uma pergunta importante: O homem responsável pela portaria foi treinado e reciclado para atender regras básicas de segurança? A resposta que mais ouço é não.

Conclusão: Todo o investimento feito no projeto de segurança patrimonial irá por água abaixo, no momento em que o responsável pela portaria (sem o devido treinamento) falhar no procedimento. O problema parece estar resolvido, quando temos o equipamento certo, juntamente com o treinamento dos funcionários responsáveis pela segurança. Definitivamente não. Resta ainda conscientizar os moradores que deverão seguir a risca, as normas procedimentais relativas à segurança.

Normalmente, alguns moradores, desautorizam o homem da portaria, no momento em que não desejam passar por todos os procedimentos de rotina. É nesse instante que se abre uma brecha para o “trabalho” dos criminosos.

É de se frisar que o marginal habituado a assaltar prédios ou empresas, faz uma análise conjuntural do local a ser invadido. Se ele perceber que aquele edifício possui regras rígidas e equipamentos de segurança bem localizados, é natural que ele procure outro condomínio mais desprotegido, para atuar. É a lei do menor esforço.

Leitor lembre-se dessa máxima: “O marginal procura facilidade e não dificuldade”.

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