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Category Archives: Dicas

Aquilo que não se vê não se deseja

A revista “Melhor”, de março/2000, destacou 6 páginas de entrevista comigo com o seguinte título: “Anatomia do Crime, Delegado dá dicas para reduzir as chances de ser mais uma vítima da violência”.

Uma das perguntas formuladas foi à seguinte: “Quais os cuidados fundamentais quando se anda de carro?”.
A resposta que forneci deve ser seguida à risca pelos motoristas que desejam diminuir sensivelmente riscos de assalto no trânsito: “A segurança na rua começa dentro de casa. Quando o carro está na garagem ou no estacionamento de uma loja ou shopping. Devemos sempre fazer um check list das medidas de segurança:

1) Travar as portas, principalmente nos carros de 4 portas. É bom certificar-se se os demais passageiros não estão mexendo na trava.

2) Fechar totalmente os vidros. Isso não afugenta o marginal com arma de fogo, mas inibe o menor de idade com faca, estilete ou pedra.

3) Os pertences devem ser colocados no porta malas e não sob o banco do passageiro. Maletas, laptops, embrulhos devem ser transportados no porta malas, pois no trânsito pesado os infratores quebram os vidros com pedras para levar seus objetos. A única exceção é para as bolsas femininas, que devem ser transportadas (escondidas) embaixo do banco do motorista ou passageiro. Para tanto é prudente que a motorista utilize bolsa escura e de menor porte.

4) Instalar a película de controle solar, conhecida popularmente por insulfim, que é permitida pela legislação de trânsito.

Preste atenção na cena do crime:

“Uma mulher estava parada no transito, em razão das fortes chuvas. Por cerca de 30 minutos seu automóvel ficou inerte. Em dado momento a condutora leva um enorme susto. Um menor de idade quebra um dos vidros traseiros com um pedregulho e subtrai sua bolsa que estava no banco detrás. A vitima chora copiosamente pelo susto que levou e também por ter ficado sem todos seus documentos pessoais e a quantia de quinhentos reais que havia sacado no banco”.

Na pesquisa que fiz com centenas de bandidos vislumbrei uma frase que eles sempre mencionam: “Aquilo que não se vê não se deseja”.

É por esse motivo que indico como medida de segurança, levar todos seus pertences no porta malas. A única exceção volto a repetir, vai para as mulheres.

Tenho insistido em meus cursos, que bolsas femininas são desejadas por muitos criminosos. Vamos a um caso concreto:

“A dona de casa H.B.K. para seu carro próximo a uma padaria. Carregando sua enorme bolsa à tira colo ela tranca o veículo e vai as compras. Ao deixar a panificadora, ela leva em um dos braços sacolas contendo pães, leite e doces e no outro segura sua bolsa. Ao aproximar-se do veiculo ela coloca a bolsa encima do capô e começa a procurar as chaves. Apos alguns minutos ela encontra as chaves e com muita dificuldade abre o automóvel e ajeita sua bolsa e as compras no banco traseiro. Ao sentar no banco do motorista, com a chave de ignição ainda na mão é abordada por dois jovens com armas em punho que subtraem seu carro, que não tinha seguro, e pertences”.

Tudo isso poderia ter sido evitado se ela tivesse ido à padaria carregando apenas as chaves do carro e uma carteira pequena. Após efetuar as compras, ela teria aberto o carro rapidamente e saído em poucos segundos sem se expor a perigo desnecessário.

A prevenção é a melhor “arma” que temos para nos proteger da criminalidade.

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Cuidado: “sequestro” de cachorro

Na semana passada fui entrevistado no programa Hoje em Dia, exibido pela rede Record, apresentado pelo jornalista Brito Junior, pela modelo Ana Hickmann e pelo chefe de cozinha Eduardo Guedes. O tema foi extremamente interessante para as pessoas que possuem animais de estimação. Acredite se quiser, os criminosos estão “seqüestrando” cachorros e pedindo resgates que variam de R$ 100,00 a R$ 5.000,00.

Um caso curioso aconteceu no Rio de Janeiro, onde o labrador de nome Bruce já foi “vítima” de dois “seqüestros” e a família pagou os dois resgates, sendo o primeiro no valor de R$500,00 e o segundo, depois de muita negociação, ficou por R$ 100,00. Na cidade de São Paulo, o poodle Bilu foi subtraído enquanto o dono distraiu-se em uma banca de jornais.

Como a coleira do animal continha o telefone do proprietário, os bandidos ligaram pedindo R$ 5.000,00 de resgate. Através do identificador de chamadas, o dono do cachorro descobriu que a ligação foi feita no bairro do Belém, na zona leste / SP. A vítima contratou um detetive particular que localizou o cachorrinho Bilu após 15 dias em um cativeiro dentro de uma favela.

O ex-goleiro Izaque Matteuzzi levava seu pit bull de nome Saddam para passear na Freguesia do Ó, em SP, quando surgiu um ladrão portando arma de fogo que gritou: “O cachorro ou a vida”. A vítima percebeu que o marginal correu em direção da favela Divinéia. O amor pelo cãozinho era tanto, que Izaque passou vários dias com um binóculo tentando localizar seu cachorro na citada comunidade carente.

Com a ajuda da sorte, ele conseguiu avistar o “refém” e acionou uma viatura do Garra que passava pelo local. Os policiais civis invadiram a favela e resgataram o pit bull com vida. Portanto, os proprietários de animais de estimação devem tomar cautelas. Uma das principais é evitar sair com os animais à noite, madrugada ou de manhã bem cedo, quando as ruas estão com baixíssimo movimento; horários prediletos dos assaltantes.

Outra medida importante é sempre gravar um telefone de contato na coleira do animal, pois em caso de fuga será muito mais fácil a localização. Em caso de recebimento de extorsão via telefone, deve a vítima procurar incontinenti a delegacia mais próxima para registro da ocorrência e seguir as orientações dos policiais.

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Dicas de Segurança

Nas Ruas

  • Previna-se contra a ação dos marginais não ostentando objetos de valor como relógios, pulseiras, colares e outras jóias de valor.
  • Evite passar em ruas ou praças mal iluminadas.
  • Se sentir que está sendo seguido, entre em algum estabelecimento comercial ou atravesse a rua.
  • Não saia com grandes quantias de dinheiro ou cartões de crédito se não houver necessidade.
  • Não abra a carteira ou a bolsa na frente de estranhos.
  • Ao sair sozinho, procure sempre ficar no centro da calçada e na direção contrária ao trânsito. Fica mais fácil perceber a aproximação de um veículo suspeito.
  • Não deixe de comunicar a presença de elementos suspeitos nas proximidades de sua casa.
  • Ao retornar, notando algum sinal estranho (porta aberta, luzes acesas, etc.), não entre em casa, chame a polícia.

 

Nos Bancos

  • Evite conversar com pessoas estranhas dentro ou fora do banco.
  • Proteja bem o dinheiro ou cheques na hora que for ao banco fazer depósitos.
  • Ao sair do banco olhe bem para todos os lados para ter certeza de que não está sendo seguido.
  • Nunca aceite ajuda de estranhos ao utilizar os caixas eletrônicos.

 

Nas Praias

  • Nunca leve objetos de valor para a praia.
  • Cuidado com vendedores ambulantes.
  • Nunca deixe seus pertences sozinhos. Peça a alguém de confiança para olhar enquanto você vai tomar banho de mar.
  • Não aceite bebida de estranhos. Pode estar adulterada com algum tipo de narcótico.
  • Evite tomar banho de mar em locais que você não conhece.

 

Nas Compras

  • Procure não ir às compras sozinho. Se possível leve alguém para acompanhá-lo, é mais seguro.
  • Nunca deixe sua bolsa ou compras em locais onde possam ser roubados.
  • Prefira pagar suas contas com cartão ou cheque. Assim você não precisa conduzir grandes quantias em dinheiro.
  • Procure não entrar em lojas muito cheias. Faça suas compras em horários de menor movimento.
  • Evite carregar muitos pacotes para não ocupar as duas mãos.
  • Nunca mostre dinheiro em lugares públicos, especialmente em bares, restaurantes, cinemas, lojas, barracas de camelôs, etc.
  • No caso de furto ou qualquer ocorrência policial, não perca tempo, comunique imediatamente à Delegacia de Polícia mais próxima da área.

 

No Transporte Coletivo

  • Dentro do coletivo mantenha a bolsa, carteira, pacotes ou sacolas na frente do seu corpo.
  • Em ônibus com poucos passageiros, procure viajar próximo ao motorista.
  • Ande sempre com o dinheiro da passagem contado ou dê preferência aos vales transporte.
  • Evite ficar sozinho em pontos de ônibus isolados.

 

No Carro

  • Onde estiver, tenha cuidado com o seu carro. Não existem locais totalmente seguros.
  • Nunca deixe documentos, talões de cheques, objetos de valor dentro do carro.
  • Ao sair do carro mesmo que por alguns minutos, levante os vidros, tranque as portas e o porta-malas e se possível ligue o alarme.
  • Nunca deixe as chaves sobressalentes dentro do carro.
  • Procure estacionar em locais vigiados por pessoas de confiança e se possível em locais iluminados e visíveis.
  • Em locais que você não conhece, procure não hostilizar os guardadores. Seu carro pode sair arranhado.
  • Nunca dê carona a estranhos.
  • Procure usar dispositivos de segurança como: sistema de alarme, corrente de direção, chave geral interruptora e tranca de direção.
  • Ao perceber alguém lhe seguindo insistentemente dirija-se a um posto ou cabine policial.
  • Não entregue seu carro a manobristas ou lavadores.
  • Procure não se aproximar do seu carro e nem entrar nele se perceber a presença de pessoas suspeitas nas proximidades.
  • Não jogue lixo pela janela do veículo.

 

Nos Terminais Rodoviários, Ferroviários, Cais do Porto e Aeroportos

  • Não aceite ajuda de pessoas não credenciadas interessadas em carregar sua bagagem.
  • Nunca deixe a sua bagagem sem ninguém de confiança olhando.
  • Cuidado com menores no aeroporto ou na rodoviária.
  • Ao despachar qualquer bagagem, inclusive de mão, verifique se estão muito bem fechadas.
  • Coloque identificação visível em todas as suas bagagens.
  • Ao viajar de ônibus, evite carregar objetos de valor e principalmente grandes quantias em dinheiro.
  • Nos ônibus interurbanos, desconfie de passageiros que sobem fora dos pontos de parada e sem bagagem.
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Central de Alarme ou Central de Processamento

É o coração do sistema Recebe todas as informações dos sensores e dos teclados de controle (ou controle remoto), alertando sobre a emergência.

Em seguida a Central de Alarme, conforme sua programação poderá:

Avisar o responsável pela segurança do local (ex: porteiro, zelador ou sindico), chamado de alarme silencioso;

Realiza discagem telefônica para numero previamente programado. Nem todas as centrais de alarme possuem esse excelente meio de comunicação a distância. Sua função é discar um ou mais números telefônicos, conforme programação predeterminada, enviando mensagens gravadas, bipe ou som de sirene disparada, informando ao responsável pela segurança do sinistro que acabou de ocorrer. A discadora sabe reconhecer quando uma linha telefônica não atende ou esta ocupada e imediatamente disca para outro numero com a finalidade de informar a ocorrência no imóvel. É importante salientar que não se deve programar numero telefônico ligado à secretaria eletrônica. (Alguns cuidados para a instalação da linha telefônica na central de alarme: a) Linha telefônica convencional (CPA ou Decádica) deve ser instada diretamente na central de alarmes, antes de qualquer aparelho telefônico ou PABX, pois a discadora da central sempre terá prioridade na ligação b) Linha telefônica digital do tipo ADSL, não deve ser instalada diretamente na central, pois precisa passar antes por um modulo de conversão;

Disparar sirene no local (alarme sonoro);

Avisar a central de monitoramento externa, se houver;

Toda essa comunicação pode ser realizada com e sem fio (radiofrequência). Existem diversos modelos de centrais de alarme, esses modelos vão variar de acordo com a quantidade de sensores a ser utilizado (número de zonas, onde o ideal é que se tenha uma zona para cada sensor) e com a complexidade desejada para o sistema (maior número de funções).

Existem centrais de alarme que também assumem funções de controle de acesso e detecção de principio de incêndio. Deve ser instalada em local de acesso restrito não devendo ser percebida por pessoas estranhas ao local. A Central de Alarme pode ser programada e acessada através de um teclado próprio (teclado de comando) que normalmente é instalado próximo do operador do sistema ou através de computador.

Modernas centrais de alarme ainda possuem:

» Filtros contra alarme falso e também contra interferências externas, como raios, variação de tensão, pequenos animais, etc.;

» Conexão 24 horas com a Central de Monitoramento Externo;

» Identificação e registro de quem ativa ou desativa o alarme, através de senhas individuais para cada usuário;

» Bateria No-Break (com verificação automática de carga), evitando interrupção do funcionamento do alarme em caso de falta de energia elétrica;

» Proteção por zona: No sistema de sensoriamento sem fio a central de alarme fará a identificação de cada sensor que emitir um sinal de sinistro. Já no sistema com fio a central de alarme reconhece o sinistro por zona, ou seja, muro dos fundos, 3 andar e assim por diante.

» Botão de pânico: É mais um equipamento a disposição do vigilante, porteiro, zelador, morador etc. que tem por finalidade disparar o alarme (sonoro ou silencioso), com o intuito de inibir a ação do marginal que esta tentando promover a invasão. O botão de pânico também pode estar atrelado à empresa de monitoramento que saberá do inicio do sinistro e tomara as providencias cabíveis (acionar a PM pelo 190 e/ou enviar viatura de apoio com vigilantes). O acionamento é feito manualmente e geralmente o botão de pânico é instalado em locais discretos, mas de fácil acesso para os responsáveis pela segurança do imóvel. Pode-se optar ainda pelo botão de pânico sem fio que será carregado pelo vigilante, porteiro, zelador etc.

» Sirenes: É acionada pela central de alarme quando um ou mais dos sensores é acionado, ou quando o sistema for violado (tentativa de sabotagem). Normalmente usa-se sirenes eletrônicas de 120 decibéis a 1 metro de distância, existem também sirenes que reproduzem a voz humana, a sirene de polícia e o latido de um cachorro. Deve ser instalado em local de difícil acesso e que não abafe o som, de preferência, devem ser aplicados no mínimo duas sirenes em locais opostos da edificação, para que em caso de sabotagem de uma delas a outra possa dar o alarme a tempo.

» Interface celular de alarmes: Equipamento utilizado para evitar fraudes e garantir o funcionamento do sistema de alarme, atuando como supervisor, controlador e backup de segurança. Em caso de falha e sabotagem na linha telefônica ou na própria central de alarme, o aparelho assume o controle da área protegida, comunicando, via celular, qualquer ocorrência para a central de monitoramento e/ou diretamente para o telefone do proprietário do sistema.

» Fonte de alimentação e bateria: A fonte de alimentação tem a função de transformar a energia elétrica alternada (110 ou 220 V) em tensões continuas apropriadas para alimentar a central de alarme, sensores, discadoras etc. e também carregar em flutuação a bateria sobressalente, para que ela alimente o sistema principalmente se marginais cortarem a energia elétrica do imóvel. A bateria é alojada na central de alarme. Deve ser selada, não necessitando assim de água destilada para sua manutenção, garantindo o funcionamento do sistema na falta de energia elétrica. Sua autonomia ira depender de alguns fatores, mas principalmente de sua capacidade de Ah(ampere/hora). Existem baterias para 6, 12 ou mais horas. Salienta-se também que a fonte de alimentação AC(110/220) da central de alarme deve ser energizada diretamente no quadro elétrico, sem passar por qualquer disjuntor ou fusível de proteção, com o intuito de evitar o desligamento da central de alarme e conseqüentemente a descarga da bateria.

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O que é conduta pró-ativa? Ela pode garantir a minha segurança e de minha família?

Antigamente, os moradores deixavam suas casas abertas, praticamente o dia todo. A família se reunia na calçada para longos bates papos com vizinho. Não havia grades, alarmes, fechaduras de segurança, vidros blindados, pois a criminalidade se resumia em pequenos furtos, que não chegavam a tirar a tranquilidade das famílias.

No último senso do IBGE, foi constatada a existência de mais de 50 milhões de pessoas vivendo em estado de completa miséria em nosso país. Praticamente um terço da população brasileira é considerada miserável. O resultado não poderia ser outro. Acompanhe com atenção a matéria jornalística abaixo:

“VIOLÊNCIA ATINGE METADE DOS PAULISTANOS”
(O Estado de São Paulo, 14.11.03)

Um em cada dois paulistanos sofrera violência em sua vida adulta. Dois em cada dez moradores de São Paulo sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. Apenas 1 em cada 2 paulistanos assaltados presta queixa. O perfil das vitimas da violência na capital faz parte da pesquisa do Instituto Futuro Brasil (IFB). Os pesquisadores entrevistaram 20 mil pessoas, em 5 mil residências.

Locais onde ocorreram furtos e roubos:

Dentro de veículos 32,6%
Residências 28%
Ruas e Avenidas 26,5 %
Casas de campo e praia 4,9%
Dentro do ônibus 4,7%

Infelizmente, a criminalidade está em toda parte e então uma pergunta se faz presente: O que podemos fazer para não sermos vítimas da violência? A resposta não é complicada, como pensa a maioria das pessoas: “A grande arma que possuímos para obter segurança é a chamada Conduta Pró Ativa”.

Mas como compramos esse produto tão maravilhoso? Ele não está a venda, pois deve brotar de dentro das pessoas. Ser uma pessoa pró ativa nada mais é quando nos antecipamos ao problema para diminuir assim o risco que ele aconteça. É o que chamo de “Consciência de Segurança”.

Faça da sua segurança um hábito desde o momento em que levantamos pela manhã, devemos tomar algumas cautelas. Atendi muitas ocorrências policiais de pessoas (geralmente idosas) que levaram um tombo no banheiro com chão molhado e tiveram a bacia do fêmur quebrada. Outras caíram da escada, devido à pressa e quebraram a perna. A grande maioria dos acidentes de trânsito poderiam ter sido evitados, se não fosse a imprudência dos motoristas. O leitor deve ter em mente que o exercício diário da pró atividade, pode livrá-los de muitas dores de cabeça. Para tanto temos que ter uma mente voltada para a segurança, tanto em casa, como no trânsito, nos caixas eletrônicos, ao deixar os filhos no colégio etc. Na verdade, a prevenção é uma capa invisível que nos protege da criminalidade.

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Novas estratégias de assalto no semáforo

Uma nova modalidade de se pedir dinheiro nas ruas foi institucionalizada no Brasil. Principalmente nos semáforos movimentados das grandes capitais, a arte do malabarismo, tem sido praticada na faixa de pedestre.

Após a exibição, normalmente usando fogo para impressionar os motoristas, os pretensos “artistas” vão passando um chapéu esperando algumas gorjetas. Alguns condutores com medo, fecham os vidros e rezam para não serem assaltados. Outros motoristas não se sentem ameaçados, ofertam moedas e chegam até a bater um rápido papo com aquela pessoa que o distrai por alguns segundos.

Já tive a oportunidade de presenciar esse tipo de abordagem de cunho artístico em Curitiba e Recife, sendo certo que em várias ruas da capital paulista, é intensa a presença dos malabaristas. Meu trabalho de pesquisa criminal é intenso e incessante e na semana passada acabei descobrindo duas modalidades novas de abordagem aos motoristas “presos” nos faróis.

Preste atenção:

1) O sinal ficou vermelho e no momento em que os primeiros veículos aproximam-se da faixa de pedestre, surge o malabarista e começa sua exibição com tochas de fogo. Naquele momento todos os condutores fixam seu olhar no “artista” e não percebem que outro individuo passeia por entre os carros despretensiosamente. Repentinamente o malandro visualiza um bolsa feminina ou uma pasta masculina encima do banco do automóvel. Com a rapidez de uma cobra venenosa, dá o bote mortal, aproveitando a distração do condutor e o fato de o vidro estar aberto.

 

2) O semáforo apresentou a placa de pare e o motorista descuidado parou seu carro na posição que chamo de “fole position”, ou seja, é o primeiro da fila, rente a faixa de pedestre. O show na sua frente é iniciado. Tochas fumegantes rodam nos áreas encantando o motorista. Repentinamente o pior acontece: uma das tochas vem a cair sob o capo do veiculo. O motorista apavorado, desce do carro com o intuito de apagar o fogo. Nesse instante, um marginal, aparentando ser menor de idade, abre sorrateiramente a porta de seu carro, subtraindo seu notebook e uma pasta 007.

Meu falecido pai, sempre alertou os filhos para terem cautela e desconfiança com a abordagem de pessoas estranhas nas ruas. Ele falava isso há quase 30 anos. Imagina hoje. Portanto, cuidado para não se “queimar” com os artistas do fogo.

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Medo e assalto nas ruas tomam forma na internet

Indignados com a onda de assaltos que ronda o bairro de Vaz Lobo, na Zona Norte, moradores criaram uma página no Facebook para reunir ocorrências e identificar criminosos. A ‘Assaltos em Vaz Lobo’ funciona como um diário, onde as pessoas enviam relatos sobre os roubos, com as características físicas do bandido, e alertam para as ruas mais perigosas. Nos últimos três meses, aumentou em 30% os roubos a pedestres e veículos na região, em relação ao mesmo período de 2014, segundo o Instituto de Segurança Pública. A PM afirmou que promove patrulhamento ostensivo no local.

O desespero dos moradores é tanto que, há duas semanas, uma faixa foi exposta em plena Avenida Vicente de Carvalho pedindo mais segurança.

PONTOS ESTRATÉGICOS

“O bairro não tem mais ruas tranquilas. É assalto de manhã, tarde e noite”, desabafou uma moradora, que preferiu não se identificar. Em dezembro, ela foi roubada duas vezes. “Um motociclista me rendeu na porta de casa. Levou meu carro e documentos. O mais triste é que as autoridades não tomam uma providência. Viatura da PM aqui é raro”.

Em nota, o comando do 9º BPM (Rocha Miranda), responsável pela segurança no bairro, informou que o patrulhamento conta com rádio patrulhas e uma cabine, além de baseamentos de viaturas em pontos estratégicos. Somente em novembro passado, a região de Vaz Lobo e Madureira registrou 290 ocorrências de roubo, segundo o ISP. No mesmo mês de 2013, o índice era de 197 registros. Roubos a pedestres saltaram de 105 para 159, no mesmo período.

Além dos assaltos, os tiroteios também são frequentes e assustam moradores. A redondeza do bairro é composta pelas comunidades do Cajueiro e Juramento, dominadas pelo tráfico de drogas, onde há confrontos quase diariamente.

Informações em tempo real

A página ‘Assaltos em Vaz Lobo’ funciona como uma prestação de serviço para os moradores do bairro. Diante das dezenas de relatos que chegam sobre crimes, é possível identificar até a forma de abordagem dos bandidos no dia. Em um post do dia 29 de dezembro, o moderador avisa que ‘o carro da vez dos bandidos que estão assaltando na região hoje são: HB 20 preto e New Civic Prata’.

Em outra mensagem, é divulgada a foto de um suposto ladrão numa moto que atuaria na região. Numa outra fotografia, flagrada por um morador no dia 11 de dezembro, é possível ver dois homens armados na esquina da Rua Anajás. Até o perfil da rede social de um jovem, que também teria praticado assaltos, foi divulgado. Na página, ele aparece posando com dezenas de notas de R$ 50 e roupas de marca famosa. Entre os vídeos, há um registro de roubo na Rua Alice de Freitas, onde um homem salta de um carro e rouba a bolsa de uma pedestre.

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Segurança: por que síndicos erram tanto na hora de comprar equipamentos e contratar serviços?

Com muita frequência, síndicos de condomínios residenciais e comerciais realizam investimentos em equipamentos e serviços na área de segurança e após alguns meses os resultados esperados não acontecem. É aí que a coisa pega e, como consequência, os problemas com moradores começam a pipocar.
Vamos a alguns exemplos recorrentes:

A)Equipamentos eletrônicos perimetrais que constantemente apresentam alarme falso e por isso caem em descrédito
B)Imagens geradas por sistemas de câmeras que não apresentam nitidez
C)Portões de garagem automatizados novos mas extremamente lentos
D)Vidros blindados instalados em guaritas e que apresentam de laminação ou até trincas que surgem em menos de 1 ano
E)Empresa de terceirização contratada onde a rotatividade dos colaboradores é grande e o serviço de supervisão pouco presente.

Para destrinchar esse polêmico assunto, apresento pergunta importantíssima:

De quem é a responsabilidade de uma má contratação num condomínio?

A regra é clara:

Todo comprador é responsável pela compra realizada e nesse caso quem ficará na berlinda é o síndico do local.

Mas por que muitos síndicos gastam de maneira errada ou equivocada?
Temos a plena certeza que o administrador deseja sempre acertar, mas muitos vezes isso não acontece por alguns fatores que passo a elencar:

Amadorismo: Diariamente, os síndicos têm que tomar decisões importantes em áreas completamente distintas. Para tanto, solicitam suporte jurídico, administrativo e fiscal de profissionais habilitados. Mas quando o assunto é a segurança do condomínio, o síndico se socorre a quem? Muitos se acham entendidos do tema “segurança” e começam a gastar com base no “achismo”, sem ouvir ninguém. Outros mais cautelosos, criam a chamada “comissão de segurança”, formada por 3 ou 4 moradores, geralmente, os mais interessados nesse tema específico, mas que não possuem tempo disponível para se envolver na questão. Com essa metodologia, corremos o risco de termos o que chamo de “hipnólogos”, que entendem de tudo, mas na verdade não possuem certeza de quase nada.

Preço Baixo: Muitos administradores querem mostrar serviço com a chancela de redução de custos. Para tanto, saem no mercado em busca do produto ou serviço “bom, bonito e barato”. Ao mostrar os diversos orçamentos levantados, se gabam de terem encontrado preço baratinho e com incrível facilidade de pagamento. Particularmente, quando vou ao shopping, por exemplo, não procuro a camisa mais barata, pois sei que a qualidade, durabilidade, corte, design e etc, não irão me agradar. Também não procuro a loja mais chique, pois dou valor ao dinheiro ganho com suor do trabalho. Procuro uma vestimenta que atenda minhas necessidades e que possua “preço justo”.

O bom, bonito e barato só existe no mundo da fantasia ou em empresas que faliram pois escolheram a política de preço baixo como diferencial no mercado!

Somente com “preço justo” a relação entre comprador e vendedor será equilibrada e saudável. Você acha que o comprador que insiste em preço mais baixo se contenta com qualidade de serviço inferior?
É óbvio que não! Ninguém quer comprar algo, por mais barato que seja, que não funcione ou não tenha durabilidade.
Síndicos vão encontrar no mercado basicamente 2 tipos de empresas:

I)Vendem Benefícios
II)Vendem Preço Baixo.

Devemos compreender que preço baixo significa margem de lucro pequenina, e é mais que claro que se a lucratividade for baixa os investimentos em qualidade serão pequenos. Administradores que procuram apenas orçamento mais baixo, deveriam refletir sobre três indagações:

1.Qual a lealdade da empresa que busca apenas ter preço menor que o concorrente?

2.Quem trabalha com preço mínimo vai conseguir fidelizar clientes por quanto tempo?

3.Qual justificativa o administrador vai dar ao receber reclamações dos moradores que o produto ou serviço contratado não presta e com isso está vulnerabilizando o condomínio?

Portanto, antes de qualquer aquisição, os síndicos devem buscar assessoria de analista de risco competente, que possa levantar todas as vulnerabilidades existentes no local a ser protegido e apresentar as melhores soluções de proteção física, eletrônica e de ordem procedimental. É importante ressaltar, que empresas competentes de equipamentos na área de segurança, antes de formularem orçamento, buscam primeiro realizar vistoria no local, com intuito de informar o cliente das reais necessidades.

Se alguma empresa se propor enviar orçamento sem sequer conhecer fisicamente seu condomínio, abra o olho; fatalmente você receberá orçamento realizado friamente por um programa de computador, que tem como foco apenas a venda e não a garantia de segurança.

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Horários preferidos pelos marginais

Fiquei indignado e revoltado com uma matéria que li em 2001, em um tabloide específico sobre segurança que passo a transcrever ao leitor: “Para dar uma resposta á Organização das Nações Unidas (ONU) em relação às denúncias de violação de direitos humanos, o governo federal deseja decretar o fim do uso de algemas em presos. O ministro da justiça, Jose Gregori, afirmou que elas são consideradas instrumentos violentos e, por isso, devem ser utilizadas apenas nos casos de resistência á prisão ou em condenados de alta periculosidade, visando à proteção do policial. Após anunciar a intenção do governo, Gregori informou que pretende convocar representantes da ONU para fazer nova análise sobre a violência policial no Brasil. A notícia do fim do uso de algemas (ainda sem data para ocorrer) causou preocupação entre os policiais de são Paulo. Para eles, é praticamente impossível imobilizar um criminoso sem o uso de algemas”.

A segurança pública em nosso país vem sendo gerenciada por homens de gabinete, que pouco conhecem a realidade da periferia das grandes cidades. Muito dinheiro vem sendo gasto desordenadamente e os resultados apresentados são extremamente insatisfatórios e pífios.

Os índices de violência não me deixam mentir. É por esse motivo que resolvi fazer um estudo aprofundado do modus operandi do criminoso, para ensinar as pessoas técnicas, regras e dicas de conduta preventiva com o intuito de diminuir sensivelmente o risco de se tornar vitima da criminalidade.

A Unesco e várias Secretarias de Segurança Pública forneceram uma gama de dados sobre os horários e locais onde mais ocorrem crimes nas cidades. O suplemento de segurança da revista Veja/2001 noticiou essas informações que você deve analisar e tirar suas conclusões:

– 5 horas da manhã: antes que o transito torne mais difícil à fuga, muitos ladrões de veículos aproveitam esse horário em que as vitimas se encontram em sono profundo para subtrair o veículo.

 

– 6 horas: o perigo se encontra nos ônibus lotados. É o momento de entrar em ação os batedores de carteiras.

 

– 7 horas: todo cuidado é pouco na hora de sair de casa. As vítimas, ainda sonolentas ficam mais vulneráveis ao deixar o lar.

 

– 8 horas: a partir desse horário crescem os casos de furtos. Segundo a polícia militar, o movimento do comércio facilita o “trabalho”dos ladrões de ruas.

 

– 10 horas: Os bancos tornam-se mais visados quando abrem as portas. Cerca de 80 % dos assaltos acontecem no horário do expediente, especialmente em dias de pagamento.

 

– 13 horas: no horário de maior movimento do comércio, entre as 13 e as 17 horas, os furtos são mais freqüentes. Um quarto das ocorrências policiais se dá á tarde.

 

– 18 horas: atenção para o período crítico em relação a roubos e furtos de autos. Mais da metade dos casos acontece entre as 18 horas a meia noite.

 

– 19 horas: das 19 às 23h30 são comuns os assaltos a motoristas nas esquinas. O trânsito intenso facilita o roubo, deixando as vítimas indefesas.

 

– 20 horas: No período das 20 horas até a meia noite, quando as ruas estão bem mais desertas, ocorrem mais de 50% dos roubos em caixas eletrônicos.

 

– 21 horas: Os assaltos a ônibus nas cidades costumam acontecer, nos horários de menor movimento. Mais de um terço dos casos ocorre entre 20 e 23h.

 

– 22 horas: cerca de 50% dos seqüestros relâmpagos acontecem entre 18 e a meia noite. Os bandidos preferem os momentos de trânsito livre. É mais fácil circular com a vítima.

 

– Meia Noite: A partir desse horário o número de roubos diminui. O perigo maior é para quem volta tarde pra casa.

 

– 1 hora: horário mais perigoso para quem vive na periferia. Quase metade dos homicídios ocorre dentro ou nas proximidades dos bares no inicio da madrugada.

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Como evitar que seu carro seja roubado

Já teve um carro roubado? Se sim, sabe a dor de cabeça que é depois para fazer o BO, juntar os documentos para a seguradora entre outros fatores burocráticos, fora o abalo emocional. Se nunca passou por isso, morre de medo de ser mais uma vítima. Dados de levantamento da área de Prevenção de Perdas da Zurich Seguros apontam que alguns comportamentos e costumes dos motoristas facilitam a ação dos ladrões.

Para se ter ideia, entre janeiro e junho de 2013, 1.256 veículos foram roubados por dia, em todo território nacional, algo em torno de 38 mil ocorrências mensais. Mudar certos padrões de comportamento ajuda a evitar os roubos. O consultor Luis Vitiritti acredita que instruções simples podem ser essenciais para evitar surpresas desagradáveis. Veja quais são elas:

#1 Esteja atento quando trafegar em vias congestionadas e acompanhe os movimentos ao redor do veículo, especialmente se houver pessoas andando entre os carros. Lembre de fazer a observação utilizando os três espelhos do carro.

#2 Teste seus alarmes e sistemas de rastreamento. Peça para que o instalador e equipe de manutenção ajudem nessa tarefa. E se não os tiver, avalie o investimento na instalação de equipamentos que dificultam a ação de bandidos como travas, alarmes, filmes protetores nos vidros, rastreadores, entre outros. Isso, inclusive, é ponto passível de redução do valor do seu seguro.

#3 Prefira trafegar com os vidros levantados.

#4 Seja rápido ao estacionar ou sair do local estacionado, já que a maioria das abordagens ocorre exatamente neste momento.

#5 Nunca deixe seu veículo desacompanhado e ligado, com a chave no contato, nem quando for apenas deixar uma encomenda na portaria de um prédio.

#6 Estacione em locais iluminados e dê preferência a estacionamentos privados. Na rua, prefira os locais debaixo de postes ou em frente a locais com maior movimentação.

#7 Evite estacionar ou mesmo trafegar próximo de locais em que estejam acontecendo grandes eventos, como: shows, jogos de futebol, manifestações, eventos religiosos.

#8 No caso de uso de “valet park” acompanhe a vistoria do manobrista e solicite um comprovante contendo nome claro do prestador de serviço e CNPJ da empresa.

#9 Fique atento às notícias de roubo em locais onde você costuma trafegar ou mesmo em que vai passar.

#10 Guarde em sua residência cópia dos documentos e dados do veículo e seus equipamentos.

Mesmo com toda prevenção, há ocasiões que não estão sob o controle de ninguém, como assalto à mão armada, portanto, a dica não esboçar nenhum tipo de reação diante da abordagem do ladrão. Após o roubo ou furto, é preciso registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima, fornecendo o máximo de detalhes possível.

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