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Category Archives: Dicas

Segurança não é sinônimo de comodidade

Atualmente, é comum se ouvir no dia a dia comentários sobre o medo da violência urbana. Por outro lado, a maior parte das pessoas, apesar de almejar mais segurança, não se dispõe a perder parcela de sua comodidade em prol de diminuir riscos.

O exemplo mais clássico está nas agências bancárias. Já presenciei muitos vigilantes desses estabelecimentos serem ofendidos moralmente por causa da porta giratória, que tem acoplada detector de metais. Se o equipamento apitar, pode ser início da confusão. Alguns clientes ficam tão incomodados com o procedimento de segurança, que tiram a roupa, como forma de demonstrar toda sua insatisfação.

No início de maio/2016, na cidade de Itabuna/Ba, um vigilante de banco suspeitou de três supostos clientes que desejavam entrar na agência. A porta giratória sinalizou presença de metal e travou o equipamento automaticamente. Astuto, ele percebeu que o suspeito provavelmente estava armado, pois levara a mão à cintura. Resolveu deixá-lo retido na porta giratória e acionou a polícia militar, que rapidamente prendeu o assaltante.

Em prédios residenciais, observo o mesmo problema. Se o síndico instala mais um portão na entrada de pedestres e de veículos para formar a chamada clausura, imediatamente vem reclamação. Realizei pesquisa em diversos condomínios e conclui que aproximadamente 10% dos moradores não querem perder nenhum tipo de comodidade, apesar de desejarem segurança; isso não é possível.

Para se aumentar o nível de segurança é preciso restringir um pouco da comodidade. É claro que não devemos atrapalhar a vida das pessoas, mas é preciso compreender que segurança é responsabilidade de todos, e por isso, cada um deve fazer a sua parte, cooperando sem reclamação.

Certa vez, presenciei viatura da polícia militar parar um veículo para averiguação. O motorista desceu bravo e disse: “Sou cidadão honesto, por que me pararam? Eu por acaso tenho cara de bandido?”

E o policial respondeu: “E bandido tem cara?”

É preciso compreender que o policial, o vigilante bancário e também o porteiro de prédios, não possuem bola de cristal. Portanto, devemos seguir os procedimentos solicitados e colaborar com os profissionais de segurança pública e privada, evitando atravancar o trabalho deles ou tentar intimidá-los.

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Bandidos escaladores, o risco de invasão pela sacada ou janela nos primeiros andares de prédios

o Brasil, é comum que residências tenham gradis protegendo janelas. A finalidade é minimizar risco de invasão por criminosos. Em palestras, sempre digo que para a indústria da serralheria não existe crise econômica. A arquitetura brasileira se rendeu ao ferro como forma de proteger famílias e empresas. Mesmo em condomínios residenciais verticais, não é incomum unidades do primeiro andar terem sacadas gradeadas; isso com intuito de impedir invasão noturna por bandidos especializadas em escaladas urbanas. Em Salvador, no bairro da Mata, em 2014, uma moradora do primeiro andar de um edifício de classe média teve alguns pertences subtraídos de seu apartamento. Ao fazer análise mais apurada, notou marcas de tênis que vinham da sacada; assim descobriu o mistério. No dia seguinte, providenciou instalação de gradil em toda fachada de seu apartamento. Em 2015, o morador do segundo andar teve o mesmo problema e se socorreu à vizinha do apartamento abaixo para solicitar contato do serralheiro, pois desejava promover a mesma solução de segurança para sua unidade. Em outubro/2016, novamente o edifício foi alvo de ladrão habilidoso. Na calada da noite, marginal invadiu o apartamento do terceiro andar e subtraiu dois celulares, um notebook e carteira com dinheiro recheada de documentos pessoais do condômino. O morador notou facilmente que a rede de proteção, instalada para garantir a segurança do filho de 4 anos, fora cortada e assim ficou claro por onde o marginal adentrara. Novamente o serralheiro foi acionado para instalação de resistente gradil. Será que o criminoso vai desafiar as alturas e tentar penetrar no apartamento do quarto andar? Minha experiência como pesquisador criminal diz que sim, fato que, urge o síndico melhorar a proteção do perímetro do prédio para dificultar a intrusão de bandidos. A instalação de câmeras de segurança em pontos essenciais e o devido monitoramento interno ou externo também é necessário para identificação da tentativa de invasão e acionamento rápido da contra resposta ao sinistro.

Alguns moradores de apartamentos localizados nos primeiros andares, ao invés de instalarem gradis nas sacadas, preferem colocar sensores de presença para detecção de invasão e acionamento imediato de sirene para afugentar o marginal. Lamentavelmente, tomei ciência que um apartamento, apesar de possuir proteção na área da sacada externa, foi invadido através de uma das janelas, que geralmente permanecia aberta noite a dentro. Portanto, é recomendado, ainda, que na porta da sacada seja instalada fechadura de alta segurança, que também vai funcionar como barreira para impedir ou retardar a ação de bandidos especializados em escaladas.

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Como proteger sua empresa da criminalidade

A maioria dos crimes eram praticados nas ruas, mas, na atualidade, é cada vez maior o número de quadrilhas organizadas que invadem prédios, empresas, shopping centers e empreendimentos de grande porte; burlando frágeis esquemas de segurança. No início de abril, um crime chocou o país. O engenheiro Juliano Juliani Simões, estava no saguão do Transamérica Flat, na Alameda Lorena, realizando check in, quando um bandido surgiu de arma em punho, e tentou roubar sua bagagem; ele reagiu, sendo baleado na região do abdômen. O engenheiro foi socorrido no Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. Em fevereiro, um grupo fortemente armado invadiu, durante a madrugada, o depósito do hipermercado Carrefour, no shopping Anália Franco, zona leste de São Paulo. Cerca de 15 funcionários do Carrefour foram feitos reféns. Segundo a polícia, a quadrilha formada por 15 homens, entrou pela porta dos fundos e encheu dois caminhões com mercadorias. Somente na última semana de março, três condomínios de luxo localizados nos bairros de Moema, Itaim Bibi e Jardim Paulistano, sofreram o famigerado arrastão, e nenhum bandido foi preso. Milhares de famílias deixaram amplas casas e migraram para apartamentos em busca de segurança. Empresários e comerciantes, cada vez mais optam por abrir negócios em escritórios verticais e shopping centers, em busca de tranqüilidade para exercer suas atividades. A marginalidade organizada identificou essas mudanças e também alterou seu modo de atuação. Perceberam que a maioria dos prédios residenciais e comerciais, supermercados e shopping centers, não consegue gerenciar esquemas de segurança capazes de inibir a ação das quadrilhas especializadas. Qual a solução para os que moram em um condomínio ou montaram seus negócios dentro de grandes empreendimentos comerciais?

A solução definitiva é o que chamo de Sistema Integrado de Segurança, SIS, que é composto de 10 itens:

1)Análise de risco globalizada

2)Instalação de equipamentos de forma racional, observando-se o posicionamento ideal

3)Manual de procedimentos com foco em prevenção

4)Capacitação contínua dos profissionais de segurança (porteiros, vigilantes e supervisores)

5)Monitoramento interno e externo de sinal de pânico

5)Monitoramento interno e externo de imagens

6)Treinamento de conscientização em segurança para usuários do sistema

7)Auditoria constante

8)Plano de Contingências

9)Interação com a comunidade

10)Integração dos sistemas de segurança.

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O perigo de se contratar segurança clandestina

No Brasil, cerca de 600 mil vigilantes trabalham em 4.500 empresas clandestinas. Outras 1.600 empresas devidamente formalizadas empregam 500 mil vigilantes. Os números são da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores – Fenavist. O presidente da Fenavist, Jefferson Simões, lembra que “a segurança privada é um segmento legalizado”. Apesar de legalizada, muitas empresas se mantém sem regulamentação e, de acordo com Simões, a punição prevista para quem infringir a lei 7.102/83 é ainda branda. Primeiramente, é feita uma notificação para que a empresa clandestina abandone a atividade ilegal. Em caso de não cumprimento da notificação, o dono é preso. “Teria que haver uma alteração que poderia dar maior respaldo à Polícia Federal, para que ela possa punir quem presta o serviço de segurança clandestino”, defende o presidente Fenavist. Para os contratantes de serviços de vigilância, Jefferson tem uma orientação. “Todos que forem contratar uma empresa de segurança devem exigir que apresente a sua autorização junto à Polícia Federal”, aconselha. Ele lembra também que a lei não permite a existência de seguranças autônomos, todos devem estar subordinados a uma empresa.

De acordo com a lei 7.102, para ser um vigilante é necessário “ter mais de 21 anos, ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico, não ter antecedentes criminais registrados e estar quite com as obrigações eleitorais e militares”.

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Atitudes Seguras X Atitudes Inseguras

Há mais de quinze anos venho estudando o fenômeno da violência no Brasil e no mundo. Tenho plena convicção de que toda vítima sempre tem um certo grau de participação no crime que a vitimou. E essa participação, se substituída por atitudes preventivas, pode fazer a diferença entre ser ou não ser vítima de um crime, podendo, em caso positivo, reduzir significativamente a gravidade do ato criminoso. Como estudioso do assunto, a primeira conclusão importante a que cheguei é que as pessoas se tornam muito mais vulneráveis quando negam a possibilidade de serem vítimas da violência urbana (negar essa possibilidade é o mesmo que tapar o sol com a peneira!). E a segunda, decorrente da primeira, é que, negando a possibilidade de serem vítimas, as pessoas relaxam, tornando-se distraídas e imprudentes, e isso aumenta o risco a que naturalmente estariam expostas. E a síntese disso tudo é que pessoas desatentas e desinformadas a respeito dos métodos de proteção contra o crime estão mais sujeitas ao perigo. Ser vítima da criminalidade não é um fenômeno de sorte ou azar nem é mera fatalidade — os riscos podem ser evitados e o melhor caminho é a prevenção. Muita gente pode achar que não lhe compete nenhuma ação preventiva contra a criminalidade, atribuindo a órgãos públicos toda a responsabilidade por sua segurança. Tudo bem, qualquer um pode perfeitamente escolher entre comunicar-se por telex, telegrama ou por e-mail… É uma opção individual reconhecer e viver de acordo com a nova realidade que o mundo nos apresenta ou não. Antigamente, as casas possuíam muros baixos, as janelas podiam ficar abertas e o portão era baixinho, servindo apenas para evitar a entrada de animais indesejáveis. Os moradores tinham o hábito de lavar o carro na rua, com o portão da garagem aberto, e o cordial bate-papo na calçada era praticado por todos. Infelizmente, hoje, isso não é mais possível. Mas quem quiser manter esses hábitos, achando que “alguém” tem de zelar pela sua segurança, tudo bem. Só não venha reclamar depois, por estar sendo mais alvejado pela violência do que seus vizinhos que, mesmo achando que a segurança do cidadão tem de ser tratada pelos órgãos públicos competentes (e ninguém discorda disso!), adotam medidas preventivas.

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Você aplaude síndico que para economizar nas despesas do prédio compra produtos e serviços pelo critério do menor preço?

Antes de começar palestra que ministrei para 150 síndicos no interior de São Paulo, ouvi na área de recepção um dos participantes do evento se vangloriar que em seu prédio ele era ovacionado como administrador por sua habilidade de escolher fornecedores com os menores orçamentos, não só para equipamentos na área de segurança física e eletrônica como também em relação a escolha da empresa de terceirização. Pedi licença para interferir na conversa e disse diretamente ao síndico que se mostrava fã do “preço mais baixo”: “Acredito que o senhor não vai gostar de minha apresentação, pois um dos itens que vou defender é a valorização da qualidade na hora de se adquirir produtos e serviços na área de segurança”. O síndico não deixou por menos e retrucou: “Meu prédio nunca foi assaltado e sou reconhecido como bom administrador; consigo manter a taxa condominial abaixo de prédios do mesmo bairro e padrão. O que o senhor tem a dizer sobre isso?“. O homem tentou me colocar numa saia justa, mas retruquei apresentando sólidos argumentos: “O fato de seu edifício nunca ter sido assaltado não quer dizer que seja lugar seguro para se morar. Aprendi com amigos médicos que muitas pessoas embora não estejam doentes atualmente, não possuem saúde, ou seja, poderão a qualquer momento serem acometidas de grave enfermidade, pois estão vulneráveis. Por outro lado, discordo, frontalmente, da sua teoria de escolher empresas que apresentem os menores preços. Acho muito interessante, dependendo das circunstâncias, pagar produtos e serviços com preço mais elevado; vou provar que tenho razão sobre isso durante minha palestra”. Deixei um ambiente de surpresa no ar! Durante minha apresentação, quando comecei a discorrer sobre a importância de se adquirir produtos e serviços com qualidade, que além de aumentar o nível de segurança promovem visível economia, de pronto, o tal síndico, que é fanático por preço baixo, levantou a mão e disse: “Não entendi sua colocação Lordello. Se pago preço mais alto por alguma coisa, como posso estar fazendo economia?”. Mal sabia ele que acabara de me entregar de bandeja o momento certo para mostrar que ele estava equivocado: “Quando cheguei neste evento, coincidentemente parei meu carro bem próximo ao seu. Acabei guardando sua fisionomia, pois me chamou a atenção que seu carro possui a película que escurece os vidros; não é verdade?”. O intrigado síndico balançou a cabeça positivamente. Imeditamente, fiz a seguinte colocação: “Esse carro que vou exibir agora no telão é seu?”. Com os olhos esbugalhados, o síndico confirmou que tratava-se, realmente, de seu carro, estacionado na garagem do evento. Em seguida, perguntei à imensa plateia: “O que tem de errado com esse automóvel?”. Muitas pessoas falaram ao mesmo tempo: “A película instalada nos vidros apresenta muitas bolhas”. Exatamente, o aspecto visual era horrível, além do que, provavelmente, prejudicava a visão do motorista, aumentando, assim, risco de acidentes. Para finalizar meu raciocínio, expliquei ao síndico, dono do auto fotografado: “O senhor optou pela película de menor qualidade do mercado, acredito que pagou cerca de R$80 a 120 reais. O mesmo produto, de boa qualidade, custa em média R$ 200. O mercado ainda disponibiliza a chamada “película antivandalismo”, que custa de R$ 800 a R$ 1000 e torna o vidro muito mais resistente, principalmente quando ladrões arremessam pedras para efetivar assaltos. Com esse produto o motorista consegue escapar do perigo”. O silêncio tomou conta da sala de aula! O síndico, dono do carro, não retrucou, parecia ter entendido a mensagem. Mesmo assim, continuei a explanação: “Gostaria de fazer uma pergunta a vocês síndicos. Qual película instalariam na vidraça de sua guarita? A mais barata, a de preço mediano ou a mais cara?”. Um administrador, sentado na primeira fileira, pediu a palavra e se manifestou: “Depois de sua explicação, é obvio que iria investir na película mais resistente, mesmo porque, minha guarita não tem vidros blindados”. Esse participante me fez prolongar a discussão, e assim, fiz pergunta direta a ele: “Mas por que o senhor ainda não promoveu reforma na sua portaria, tornando-a blindada? “. A resposta foi de bate pronto:  “Porque é caro”. Fui obrigado a retrucar: “O que é mais “caro” para o senhor, investir cerca de R$ 15 mil para blindar a guarita do prédio ou administrar e morar num prédio com baixo nível de segurança?”. Para encerrar esse capítulo da palestra, ofertei o seguinte exemplo: “Imagine uma pessoa que descobre estar com grave doença e  que poderá morrer em pouco tempo se não realizar tratamento correto e rápido. Familiares pesquisam junto a amigos e no google e acabam levantando três médicos, que apresentam bom currículo. O primeiro cobra R$ 100 a consulta. O segundo estabelece preço de R$350 e o último, que, por sua experiência, estudo e graduação, é o mais recomendado, tem como valor da consulta R$ 950. Qual profissional você escolheria para entregar sua saúde?”. CONCLUSÃO: Quando realizamos bons investimentos em equipamentos e serviços de qualidade, além de elevar a segurança, ocorre, naturalmente, valorização das unidades do prédio para venda e locação. Recentemente, soube de caso interessante de síndico de edifício de classe média alta, no bairro do Morumbi/SP, que foi interpelado por vários moradores revoltados por não conseguirem alugar e nem vender seu apartamento pois os interessados perdiam interesse quando conheciam o edifício “in locum” e percebiam as vulnerabilidades gritantes! Amigo leitor, toda vez que ouvir algum síndico ou administrador de seu prédio alardear que é vidrado pelo preço mais baixo, duvide da capacidade desse profissional e fique alerta; ele poderá vir a fazer péssimos investimentos com seu dinheiro.

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Você é contra ou a favor de se manter vigilante na calçada de prédio para triagem de veículos de moradores?

Passando por uma rua no bairro de Moema/SP, observei a seguinte cena enfrente a prédio de classe média alta:

“Veículo de morador aproxima-se da entrada da garagem e embica na calçada do condomínio. Imediatamente, um funcionário de empresa de vigilância sai debaixo do ombrelone(cobertura que parece grande guarda-sol) e aproxima-se do carro enquanto o motorista abre o vidro, que possui película com tom bem escuro, que impede a visão do interior do automóvel. Após reconhecer o morador, o vigilante patrimonial autoriza, através de rádio transmissor, o porteiro a abrir o portão externo”.

Será que essa estratégia para controlar o fluxo de autos em prédios é segura ou expõe os moradores a risco desnecessário?

A intenção deste artigo é aprofundar sobre esse polêmico tema.

O protocolo número 1, quando se trata de analisar o trabalho de profissionais da área de segurança privada, é o seguinte:

 

“Para proteger alguém, é preciso estar protegido”.

Já de início, discuto a eficácia de se manter vigilante na calçada do cliente. É de se lembrar, que esse profissional não pode estar armado fora das cercanias do prédio. Entendo que o vigilante fica totalmente exposto e desprotegido; além do que, é comum que transeuntes solicitem informações sobre ruas e comércios locais, distraindo, assim, sua atenção.

Outro ponto a ser criticado, é a obrigação do morador ficar mais tempo que o necessário parado com o carro na calçada do edifício. Partindo do princípio que a maioria dos carros utiliza película que impede ou dificulta a visão do interior do automóvel, o morador é obrigado a abrir o vidro e aguardar o reconhecimento visual feito pelo funcionário externo.

 

Quanto tempo pode levar esse procedimento?

Será que o vigilante tem condições de gravar a fisionomia e nome de todos os moradores?

Se porventura o segurança tiver dúvida em relação ao condutor, terá que solicitar seu nome e confirmar, via rádio transmissor, com o porteiro na guarita.

E se o condutor for um ladrão e souber nome completo e número de apartamento de algum morador que está viajando. Como o vigilante confirmará esses dados?

Não poderia deixar de ventilar outros problemas que podem acontecer:

-Em dias chuvosos, esse processo de reconhecimento do morador demanda mais tempo que o normal

-Se a chuva for demasiadamente forte, o vigilante externo precisará se abrigar no interior do prédio. Como fica a triagem dos veículos nesse caso?

-O morador que possui automóvel blindado, dificilmente aceitará abrir vidro para ser reconhecido pelo vigilante, pois nesse espaço de tempo estará vulnerável a abordagem criminosa por ladrões que estejam transitando pela localidade. É o que chamo de assalto de oportunidade.

-É natural que o vigilante precise ir ao banheiro durante expediente de trabalho. Como fica nesse período o processo de liberação de autos de moradores?

-A experiência na área demonstra que o vigilante externo, por vezes, acaba recebendo entregas para moradores na calçada; assina o devido recibo e em seguida entra no condomínio para deixar a mercadoria com o porteiro. Nesse período, se o morador chegar com o carro ficará mais tempo que o necessário esperando o retorno do vigilante.

-A legislação prevê que o funcionário tem direito a uma hora de almoço e jantar. Quem substitui o vigilante nesses horários?

-Em caso de falta do funcionário externo ou se passar mal durante o expediente de trabalho, a empresa de vigilância tem que proporcionar imediatamente reposição do posto faltante. Como esse funcionário fará a triagem se não conhece os moradores do prédio?

-Com esse tipo de estratégia não se tem controle eletrônico que aponta dia e hora de entrada e saída dos moradores com seus carros

CONCLUSÃO

O morador com seu veículo deve entrar rapidamente na clausura de veículos, pois o tempo que ficar parado na calçada aguardando a liberação do portão externo da garagem, estará exposto a abordagem criminosa.

Portanto, sou contra a manutenção de profissionais de segurança privada nas calçadas de prédios. Esses funcionários teriam muito mais utilidade se realizassem o trabalho de vigilância intra murus.

Por fim, não poderia deixar de mencionar que já presenciei vigilante dormindo sentado na banqueta embaixo do ombrelone, principalmente em horário noturno.

O mais curioso, é que muitos condomínios compraram essa ideia de se manter vigilante externo, na calçada do prédio, pois síndicos e moradores alegam a tal “sensação de segurança”.

Mas uma coisa é certa!

“Sensação de Segurança” não é sinônimo de “Segurança Efetiva”.

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