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Category Archives: Dicas

Quais os horários de maior incidência de invasões a prédios?

Os horários mais críticos são:

  • 42%  – das 4 ás 7h30 moradores saem para o trabalho ou escola
  • 7%   – das 14 ás 16h30 chegada e saída de estudantes e crianças
  • 51% – das 19 ás 23h chegada de estudantes e de quem retorna do trabalho
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Como o ladrão escolhe um prédio para invadir?

Destacamos as três principais estratégias:

1) Obtém informação privilegiada: o marginal descobre que em determinado apartamento o morador esconde jóias, dinheiro ou objetos de valor. Como essa informação pode chegar aos ouvidos dos marginais? A experiência policial em investigações de furtos e roubos em residências nos mostra alguns caminhos:

a) Filhos: O adolescente e o jovem, quando estão em grupo, tendem a se soltar e com isso falam em demasia, geralmente na frente de pessoas estranhas. Se o comentário for em relação a dinheiro ou objeto de valor, é natural que as pessoas ao redor prestem atenção e ai pode ser uma válvula de escape de informação preciosa.
b) Funcionários do prédio e domésticos: Uma contratação, sem seguir os requisitos mínimos de segurança ou o comentário em relação à situação econômica da família, enfrente de empregados, pode gerar curiosidade ou ate mesmo interesse de passar essas informações para algum conhecido com índole criminosa.

Dado Alarmante: Recentemente, delegados de policia do Deic/SP fizeram a seguinte declaração em matéria do Jornal Nacional, que tratava sobre arrastões a prédios: ”De cada 10 crimes esclarecidos referentes a assaltos a condomínios, 7 tiveram a participação de funcionários do prédio, principalmente o porteiro”.

c) Filhos envolvidos com drogas: Filho de morador, viciado em drogas, pode promover pequenos furtos no prédio, como trocar informações importantes, por substancia entorpecente.

2) Abordagem do morador no trânsito: Muitos seqüestros relâmpagos vieram a acabar na residência da vítima, quando o marginal suspeita que possa levantar mais recursos indo na casa de sua presa. Apesar de raros, tivemos noticias de alguns moradores que voltando a pé para o prédio, foram dominados e obrigados a acompanhar os criminosos até a portaria para facilitar a entrada do grupo . Manchete que esclarece:

Síndico conta como foi assalto a prédio de luxo nos Jardins (SP)
Fonte: UOL News, 19/12/2003

”O síndico do prédio de luxo, nos Jardins, em São Paulo (SP), assaltado na noite desta quinta-feira por oito homens mascarados, Ariovaldo Roscito, conta como foi o assalto, que aconteceu entre as 21h e as 0h de ontem, na Rua Padre João Manuel.”Eles entraram quando uma condômina entrou. Entraram com o carro junto. À medida que chegavam condôminos, eles eram colocados no quartinho de despejo, na garagem. Eles pegaram as pessoas e as retiveram nos quartinhos. Acompanhavam as pessoas até o apartamento e roubavam”, afirma.

3) Abordagem de funcionário doméstico ou do prédio: A mídia tem noticiado com certa freqüência que os marginais usam a estratégia de render o funcionário do prédio ou do morador para facilitar seu ingresso no condomínio

Bandidos seqüestram empregada para entrar em apartamento de empresário Jornal da Tarde 3.6.03″O assalto começou pouco antes das 5h. Josefa, que trabalha há dez anos com a família, estava no ponto de ônibus num bairro de Santo André à espera da condução com destino ao trabalho, quando foi dominada por quatro homens e levada de carro para o prédio. Na portaria, pouco depois das 5hs30, ao vê-la com dois homens, o porteiro perguntou quem eram. Ela foi forçada a dizer que eram seus sobrinhos e iriam consertar um vazamento da cozinha. Assim que o portão foi aberto, os dois homens entraram com a empregada e foram para a guarita onde dominaram o porteiro. Outros assaltantes chegaram. Quatro deles foram para o elevador e subiram com Josefa que tinha as chaves da entrada de serviço. Ela foi obrigada indicar o quarto do casal e do filho. O empresário disse à polícia que ele e sua família não sofreram violência”.

4) Escolha aleatória: Jovens sob o efeito de uso de entorpecentes, utilizando-se de veículos roubados, embicam o automóvel na garagem de prédios, esperando que algum porteiro desavisado abra o portão da garagem. Nossa equipe fez o seguinte teste. Com um veiculo alugado, percorremos vários prédios embicando com o carro na garagem. Após toques na buzina ou simplesmente piscando as luzes dos faróis, ficávamos aguardando a reação do porteiro. Após mais de 100 tentativas percebemos que para cada 10 prédios, cerca de 4 deles abriram incontinenti o portão da garagem. O pior é que em algumas situações, somente ao embicarmos o carro próximo da entrada da garagem, para fazer uma simples manobra, a portaria, já abre os portões, sem nenhum tipo de controle de acesso.

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Após tiros em ‘rolezinho’, shopping barra menores sem acompanhantes

Uma semana após um adolescente ser baleado durante “rolezinho” o Teresina Shopping decidiu barrar a entrada de menores que não estejam acompanhados pelos pais ou responsáveis. Neste domingo (11), seguranças foram colocados nas entradas do estabelecimento para exigir documentação que comprovasse a idade dos jovens. Na sexta-feira (9) a Justiça concedeu liminar favorável ao shopping e quem for flagrado realizando aglomeração, algazarra ou praticando violência no local será multado em R$ 1 mil.

Para quem não sabia das novas normas adotadas pelo estabelecimento ser barrado na entrada não foi tão legal. A estudante Letícia Sampaio, 18 anos, estava sem os documentos e por esta razão não entrou no shopping. “A medida é legal, mas eu não estava sabendo. Sou maior de idade, mas como não trouxe documento não tenho como comprovar”, disse.

O G1 esteve neste domingo no local e constatou o rigor na abordagem. Vários adolescentes deixaram de entrar no shopping porque não estavam acompanhados dos pais ou responsáveis. Nenhum deles quis dar entrevista.

A direção do Teresina Shopping ainda não se pronunciou sobre as novas medidas. Conforme o juiz Sebastião Firmino Lima Filho, a liminar foi concedida em caráter provisório e preventivo após a empresa procurar a Justiça querendo garantir a segurança das pessoas que frequentam o local.
No sábado (3), após confusão, um adolescente foi baleado no abdômen no estacionamento do shopping. O suspeito de ter efetuado os disparos era menor e foi apreendido logo após o crime. Em depoimento à polícia ele teria alegado que fez o disparo por conta de um desentendimento entre e o rapaz atingido. A vítima, por sua vez, negou que tivesse qualquer tipo de rixa com seu agressor, e ainda que não combinou nenhum “rolezinho”.

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O esquema de segurança deve dificultar a entrada dos moradores?

Muito pelo contrário. O controle de acesso de moradores, tanto a pé, como de veículos, deve ser facilitado, não pela comodidade, mas sim pela segurança.

O tempo que o morador ficar esperando para entrar no prédio é um risco desnecessário que está correndo. O controle de acesso deve ser rigoroso com visitantes (principalmente os não esperados), prestadores de serviço, vendedores, corretores de imóveis etc.

Cada morador deve ter sua estratégia própria de segurança no dia a dia do prédio?

As pessoas têm preferido mudar de suas amplas casas para apartamentos com a finalidade de obter mais segurança para sua família e patrimônio. Com isso, acreditam que se tornem imunes á bandidagem, cometendo erros básicos, comprometendo a segurança de todos no prédio onde moram.

Alguns moradores analisam a segurança de maneira isolada e extremamente pessoal, de acordo com sua conveniência e experiência de vida. A falta de disciplina e hierarquia acaba diminuindo a eficácia do sistema de segurança. O grande segredo é a uniformização dos procedimentos de segurança e permanente monitoramento. Se todos os moradores seguirem a risca as normas de segurança; os funcionários estiveram devidamente treinados os equipamentos funcionando corretamente, dificilmente marginais ousaram tentar invadir esse condomínio.

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É possível ter segurança sem tirar a comodidade dos visitantes?

Esse tema é polêmico e sempre trás infindáveis discussões entre os condôminos. A resposta é simples, mas tem que ser entendida num aspecto global. A portaria do prédio tem que monitorar e vigiar a entrada e saída de moradores, empregados domésticos, prestadores de serviço, mercadorias, veículos etc. Todos concordam que esse serviço, para ser eficiente, exige dedicação, treinamento e capacitação dos homens da portaria. Alem do controle de entrada e saída já elencados, temos também a chegada de visitantes (parentes e amigos dos moradores) que também terão que passar pela triagem feita pela portaria, pois são pessoas desconhecidas pelo porteiro.

Esse controle deve ser rígido para que não seja permitida a entrada de pessoas não autorizadas no prédio. As quadrilhas especializadas em invasões a prédios, inicialmente precisam descobrir uma brecha, uma falha no esquema de segurança.

Preste atenção no relato de um porteiro, que foi rendido por durante o assalto a um condomínio de classe média:

Como você foi rendido na guarita?

Porteiro: Por volta das 9 h, um casal, bem aparentado surgiu na frente do prédio e solicitou a entrada pelo interfone. Eles desejavam visitar o morador de nome Alfredo do apartamento 64.

Qual foi sua postura frente a esse pedido?

Porteiro: Interfonei para o mencionado apartamento, sendo atendida pela empregada Cida que alegou que seus patrões haviam saído, mas que a dona da casa voltaria ás 10h. Indaguei a empregada se os patrões avisaram sobre a chegada de visitantes e a doméstica afirmou que não.

Você permitiu a entrada dos visitantes ou não?

Porteiro: Informei aos visitantes que eles não poderiam entrar no prédio, pois não tinham autorização, foi quando o homem pediu se poderiam aguardar o amigo Alfredo no saguão do prédio, pois não queriam ficar na rua, com receio de assalto. Nesse momento acabei deixando o casal entrar.

Você abriu o portão principal e o que aconteceu?

Porteiro: Eles se aproximaram da guarita e o homem sacou uma arma de fogo e me rendeu, tomando de assalto a guarita do prédio. O marginal liberou a entrada de mais 6 assaltantes que fizeram um arrastão no prédio.

Por que você liberou a entrada do casal, sem a autorização do morador?

Porteiro: Para falar a verdade, fiquei com medo de ser despedido. Já havia levado muitas broncas de moradores, que não gostam que seus visitantes demorem no processo de triagem na portaria. Algumas vezes fui ameaçado de perder o emprego e como o síndico não me dava o devido apoio, acabei liberando a entrada do casal, que me pressionava para entrar.

Conclusão: Desta forma, o morador deve se conscientizar que seus visitantes terão que passar pelo sistema de controle de acesso, respeitando todas as etapas. Toda vez que facilitamos a entrada de pessoas estranhas ao prédio, colocamos a segurança de todos os moradores em risco.

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Os equipamentos de segurança resolvem toda a questão de segurança?

Essa pergunta é fundamental para continuarmos nosso trabalho sobre conscientização de segurança.

Preste atenção numa ocorrência policial que atendi. Uma vítima muito bem vestida entra na Delegacia e diz:

Vítima: Dr. roubaram meu carro blindado.
Delegado: O senhor poderia informar a placa de seu auto para que eu possa anunciar o roubo para as viaturas da região.
Vítima: Puxa, tenho o hábito de guardar os documentos do auto no porta luvas e não me recordo da numeração da placa.
Delegado: Conte-me como ocorreu o assalto.
Vítima: Estava dirigindo meu carro, quando volta das 23h30m parei no semáforo vermelho. Um rapaz, aparentando ter 21 anos, se aproximou do vidro do motorista e apontou-me um revólver, anunciando o assalto. Abri a porta e o marginal fugiu em disparada, levando meu carro, carteira, relógio e celular.
Delegado: Mas seu carro não é blindado? Por que abriu a porta?
Vítima: Na verdade, estava com os vidros abertos, pois a noite estava tão linda…

Esse é o exemplo clássico do cidadão que investe em equipamento, mas esquece de usá-lo da maneira correta.

Assim ocorre com os edifícios. O investimento em equipamentos de segurança á alto, mas alguns moradores acreditam que a parafernália eletrônica, substitui a ação preventiva de cada morador. Isso é um grande erro, que tem facilitado e muito a ação dos criminosos.

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Morador de prédio quer segurança, mas não quer perder comodidade! Isso é possível?

Sabe qual a principal diferença entre portaria de condomínio residencial e de empresa?

A primeira tende a agir com amadorismo, voltada para dar regalias a alguns moradores. Já os porteiros de empresas trabalham com mais critério e normas rígidas no controle de acesso.

Moradores de prédios querem ter segurança, mas o problema é que uma parcela deles não quer abrir mão da comodidade. O funcionário deve permanecer na portaria para realizar o controle de acesso de pessoas e veículos. Quando da chegada de mercadoria, o morador deve descer e fazer a retirada.

Mas na prática isso acontece?

A resposta é: mais ou menos.

Alguns condôminos, para não ter o trabalho de sair de suas unidades, convencem porteiros a colocar a mercadoria no elevador e apertar o andar respectivo; para isso, eles têm que abandonar a portaria, consequentemente, a segurança do local fica vulnerável.

E se, para efetivar cadastro, o porteiro pedir RG ao visitante do morador? Esse simples ato pode gerar verdadeira guerra no condomínio, e mais uma vez o síndico ficará na berlinda e o funcionário, intimidado e com medo de perder o emprego, passará a flexibilizar as normas de segurança, aumentando, assim, risco de crime no local.

Não é raro encontrar moradores que deixam veículos na garagem com as portas destrancadas e até vidros abaixados. Recentemente, fiquei sabendo de moradora que deixou aparelho eletrodoméstico de médio porte embaixo de seu carro na garagem, pois parente iria passar no prédio para pegar. Como mora sozinha, encontrou essa estratégia como solução, já que o porteiro recusou a guarda. O problema é que o embrulho sumiu e após registrar BO na delegacia, a moradora quis que o síndico arcasse com o prejuízo. É claro que tal pedido não tem amparo legal.

Em pesquisa recente, descobri que entre 20 a 30% dos moradores de prédios não fecham as portas de seus apartamentos. Assim, qualquer pessoa pode entrar e subtrair alguma coisa. Curiosamente, depois que o problema surge, a culpa é lançada na administração.

É importante compreender que segurança não pode ser delegada na sua totalidade. Cada um tem sua parcela de responsabilidade.

Outro ponto a ser refletido, é que segurança não rima com pressa e nem com comodidade. São nessas brechas que o marginal enxerga a porta de entrada para o ato criminoso.

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“ROLEZINHOS”, O NOVO FENÔMENO DA SOCIEDADE DE CONSUMO

A onda de “rolezinhos” assolou o país e é a manifestação da vez. Convocados via redes sociais eles ganharam espaço com garotos da Zona Leste de São Paulo que buscam, como divertimento, “catar umas minas”, “rever os parça”, “dar uma tumultuada”,”zoar,dar uns beijos”. Eles formam uma tribo de meninos e meninas com roupas e indumentárias típicas ancoradas por grifes da moda.

Os shopping centers escolhidos pelos “rolezinhos” acionaram os seguranças e a polícia para conter o fenômeno que registrou em alguns casos correria e furtos. A PM usou bombas de gás para dispersar os jovens que participavam de um “rolezinho” no shopping Metrô Itaquera, na capital paulista.
Opiniões contrárias e a favor dividem as opiniões e ganham espaço na mídia nacional e internacional. O fenômeno foi matéria do jornal americano ‘The New York Times’.Em sua edição de domingo, 19/01, diz que a polêmica “pode reacender a onda de protestos do ano passado”.

Para a antropóloga e professora da Universidade de Oxford, na Inglaterra, Rosana Pinheiro-Machado, a escolha de shopping centers para os “rolezinhos” é a ocupação de um templo do consumo. “Ir ao shopping é se integrar, pertencer à sociedade de consumo”, conclui.
Alguns jovens protagonizam os eventos nos shoppings e se sobressaem por terem até 50 mil seguidores no Facebook. São adolescentes que viraram celebridades na internet. Eles fazem parte de um grupo de meninos e meninas que passam os dias conectados no celular e na internet, combinando e convocando os novos eventos.

A truculência policial, as ações judiciais dos shopping centers para impedir a ação dos “rolezinhos” e a opinião pública recheiam o noticiário e são destaques.

Para preservar a segurança de seus freqüentadores, os shopping centers não descartam entrar novamente na Justiça em busca de liminares que impeçam novos “rolezinhos”.

Pesquisa da Datafolha sobre o fenômeno do verão vem confirmar que a população da cidade é bem conservadora: 82% dos paulistanos se dizem contra os encontros de jovens da periferia em shopping centers.(Folha de São de São Paulo, 23/01/2014).

Essas transformações por que passa o Brasil evidenciam uma carência de espaços públicos de convívio social. E revelam, através desses eventos, que o país não está preparado para conviver com as manifestações populares. E que governantes das esferas municipal, estadual e nacional divergem nas opiniões e nas propostas das ações para solucionar o novo fenômeno.

Discussões como essa engrandecem a sociedade, mas, evidentemente, protestos devem ser pacíficos e o medo que tem se mostrado presente nessas discussões é a volta dos “Black blocs” tumultuando e trazendo violência e depredações aos rolezinhos.

Mas, por enquanto, essas manifestações têm sido pacíficas e há quem diga, inclusive, que podem ser chamadas de manifestações haja vista que muitos adolescentes parecem nem saber por que estão lá.
Mesmo assim, o fenômeno não pode ser ignorado e seu sentido precisa ser buscado. Por enquanto são manifestações seguras e os únicos riscos são aqueles próprios da aglomeração de grandes grupos: quedas, pisoteamento e acidentes durante os eventos.

Os seguranças e autoridades policiais que protegem o patrimônio devem estar preparados para essas manifestações, seguindo um protocolo de conduta cujo primeiro passo deve ser o não uso da violência e em hipótese alguma a utilização de armas de fogo. Devem agir apenas em situações de excesso e riscos significativos.

No restante, basta acompanhar algo que é próprio da juventude e comum em outros países: a reunião de grupos para protestar, mesmo que não saibam exatamente sobre o que.

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Porteiros antigos de prédios ofertam mais ou menos segurança?

Muitos moradores acreditam que ter em seus prédios porteiros com 10, 12 ou 15 anos de trabalho é sinônimo de segurança.

Será? Creio que não!

No mês de maio/2016 foi largamente anunciado pela mídia uma sequência de invasões a condomínios na região de Higienópolis/SP.

O ladrão, que aparenta 20 anos de idade, costuma trajar roupa social de cor escura, usa quipá (cobertura religiosa de uso judaico) e com sotaque estrangeiro se faz passar por judeu. Síndicos disseram que ele convence os funcionários da guarita a abrirem o portão dizendo que vai visitar um rabino ou apenas entregar em mãos documento da sinagoga. Após o ingresso no edifício, ele perambula pelos andares e arromba diversas portas usando chave de fenda.

Uma das vítimas disse à reportagem que o ladrão subtraiu cerca de R$ 500 mil em joias e equipamentos eletrônicos de diversas unidades; informou, ainda, que:

“Ele é esperto, não se intimida e fala como os rabinos, com sotaque meio americanizado, conseguindo, assim, enganar porteiros menos atenciosos. E o pior, continua em liberdade, agindo ativamente e sem qualquer constrangimento”.

Mas por que os funcionários das portarias têm autorizado sua entrada sem antes perdir autorização dos moradores?

É importante compreender que os porteiros trabalham em espaço pequenino e solitariamente. Para complicar, enfrentam temperaturas frias e quentes, além de que, em 80% do tempo, esses profissionais não têm o que fazer. Essa monotonia, aliada ao cansaço e o estresse do dia a dia, acaba tirando a concentração, a percepção e a atenção desses colaboradores.

Muitos condôminos reclamam que por diversas vezes pegaram seus porteiros dormindo, mesmo de dia! Conforme acabei de explicar, o tipo de trabalho realizado realmente leva à sonolência.

Será que o leitor conseguiria ficar sem pestanejar durante diversas horas de trabalho noite adentro, em condomínio residencial, onde o movimento de pessoas e veículos é praticamente inexistente?

Portanto, somente com investimento em equipamentos eletrônicos para controlar acessos de carros e veículos e monitorar colaboradores, além de  treinamento e capacitação dos porteiros, é possível aumentar a segurança do local e, consequentemente, minimizar risco de liberação de entrada de pessoas não autorizadas.

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Como apurar e responsabilizar morador que cometeu ato antissocial ou crime no condomínio?

Como apurar e responsabilizar morador que cometeu ato antissocial ou crime no condomínio e minimimzar consequências?

A maioria dos crimes ocorridos em condomínios residenciais não chega aos ouvidos da polícia e nem dos veículos de comunicação. Somente casos mais graves, como arrastões promovidos por quadrilhas especializadas, acabam tendo registro policial e notoriedade.

Rotineiramente, temos nos prédios os mais variados problemas de convivência entre moradores. Excesso de barulho, vagas de garagem e atitudes antissociais são os mais comuns. Não podemos esquecer dos furtos no interior de veículos e do uso de entorpecentes nas áreas comuns ou até mesmo dentro das unidades, mas que incomoda o vizinho no tocante ao cheiro exalado pela maconha, por exemplo.

Em alguns edifícios, as escadas são usadas para práticas sexuais e até mesmo para necessidades fisiológicas. Todo esse arcabouço de contravenções e delitos deixa o clima tenso, gerando, assim, inimizades entre moradores e também em relação ao zelador e funcionários da portaria.

Ministro treinamento e capacitação para vigilantes e porteiros; desses profissionais já ouvi relatos de casos escabrosos, onde moradores estressados, alguns avessos às normas de segurança ou aqueles que desejam somente comodidade, passam a ofender e destratar os funcionários do local, atitude que caracteriza o assédio moral, se ocorrer de forma repetida. Não raro, são praticados também os crimes de ameaça e contra a honra dos colaboradores.

Todas essas questões desaguam nas assembleias de moradores. Em algumas delas, o clima é de muita tensão, bate-boca, acusações levianas e até vias de fato pode chegar a acontecer. Soube de casos que o síndico teve que contratar vigilantes, pois tinha receio que o pior acontecesse em reunião com os moradores.

A contratação de cinegrafista para registrar tudo o que acontece durante a assembleia também não é incomum. É de se lembrar que no último ano, só em São Paulo, um síndico e um zelador foram assassinados por condôminos.

Para minimizar esses problemas, entendo que  administração do condomínio deve instalar câmeras de segurança nas entradas e saídas de pessoas, veículos e mercadorias. Esse investimento deve prosseguir nos elevadores, salão de festas, academia de ginástica e na garagem. O primeiro aspecto positivo é o inibitório. Por diversas vezes fui procurado por síndicos que reclamavam de danos promovidos no interior dos elevadores. Indico sempre a instalação de câmeras. Normalmente, segundo relatos, nenhum risco ou dano ocorre depois dessa providência.

Se as câmeras não tiverem o condão de inibir fato criminoso ou antissocial, terão o poder de apontar quem está com a razão ou quem promoveu o distúrbio ou até mesmo fato criminoso.

Sugiro também a criação do chamado Livro de Ocorrências Gerais, que ficará à disposição dos moradores para, através de breve histórico,  solicitarem providências do síndico em relação a desavenças, reclamações quanto a funcionários, funcionamento do condomínio e sugestões.

A administração do prédio deve ainda disponibilizar e-mail para que os moradores possam enviar informe de qualquer tipo de problema sofrido, anexando fotos e áudio, sempre que possível.

A prevenção também deve estar presente nas punições aos infratores das normas do local. Muita gente só respeita mesmo quando sente o peso da multa no bolso.

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