Fiquei indignado e revoltado com uma matéria que li em 2001, em um tabloide específico sobre segurança que passo a transcrever ao leitor: “Para dar uma resposta á Organização das Nações Unidas (ONU) em relação às denúncias de violação de direitos humanos, o governo federal deseja decretar o fim do uso de algemas em presos. O ministro da justiça, Jose Gregori, afirmou que elas são consideradas instrumentos violentos e, por isso, devem ser utilizadas apenas nos casos de resistência á prisão ou em condenados de alta periculosidade, visando à proteção do policial. Após anunciar a intenção do governo, Gregori informou que pretende convocar representantes da ONU para fazer nova análise sobre a violência policial no Brasil. A notícia do fim do uso de algemas (ainda sem data para ocorrer) causou preocupação entre os policiais de são Paulo. Para eles, é praticamente impossível imobilizar um criminoso sem o uso de algemas”.

A segurança pública em nosso país vem sendo gerenciada por homens de gabinete, que pouco conhecem a realidade da periferia das grandes cidades. Muito dinheiro vem sendo gasto desordenadamente e os resultados apresentados são extremamente insatisfatórios e pífios.

Os índices de violência não me deixam mentir. É por esse motivo que resolvi fazer um estudo aprofundado do modus operandi do criminoso, para ensinar as pessoas técnicas, regras e dicas de conduta preventiva com o intuito de diminuir sensivelmente o risco de se tornar vitima da criminalidade.

A Unesco e várias Secretarias de Segurança Pública forneceram uma gama de dados sobre os horários e locais onde mais ocorrem crimes nas cidades. O suplemento de segurança da revista Veja/2001 noticiou essas informações que você deve analisar e tirar suas conclusões:

– 5 horas da manhã: antes que o transito torne mais difícil à fuga, muitos ladrões de veículos aproveitam esse horário em que as vitimas se encontram em sono profundo para subtrair o veículo.

 

– 6 horas: o perigo se encontra nos ônibus lotados. É o momento de entrar em ação os batedores de carteiras.

 

– 7 horas: todo cuidado é pouco na hora de sair de casa. As vítimas, ainda sonolentas ficam mais vulneráveis ao deixar o lar.

 

– 8 horas: a partir desse horário crescem os casos de furtos. Segundo a polícia militar, o movimento do comércio facilita o “trabalho”dos ladrões de ruas.

 

– 10 horas: Os bancos tornam-se mais visados quando abrem as portas. Cerca de 80 % dos assaltos acontecem no horário do expediente, especialmente em dias de pagamento.

 

– 13 horas: no horário de maior movimento do comércio, entre as 13 e as 17 horas, os furtos são mais freqüentes. Um quarto das ocorrências policiais se dá á tarde.

 

– 18 horas: atenção para o período crítico em relação a roubos e furtos de autos. Mais da metade dos casos acontece entre as 18 horas a meia noite.

 

– 19 horas: das 19 às 23h30 são comuns os assaltos a motoristas nas esquinas. O trânsito intenso facilita o roubo, deixando as vítimas indefesas.

 

– 20 horas: No período das 20 horas até a meia noite, quando as ruas estão bem mais desertas, ocorrem mais de 50% dos roubos em caixas eletrônicos.

 

– 21 horas: Os assaltos a ônibus nas cidades costumam acontecer, nos horários de menor movimento. Mais de um terço dos casos ocorre entre 20 e 23h.

 

– 22 horas: cerca de 50% dos seqüestros relâmpagos acontecem entre 18 e a meia noite. Os bandidos preferem os momentos de trânsito livre. É mais fácil circular com a vítima.

 

– Meia Noite: A partir desse horário o número de roubos diminui. O perigo maior é para quem volta tarde pra casa.

 

– 1 hora: horário mais perigoso para quem vive na periferia. Quase metade dos homicídios ocorre dentro ou nas proximidades dos bares no inicio da madrugada.