No Brasil, cerca de 600 mil vigilantes trabalham em 4.500 empresas clandestinas. Outras 1.600 empresas devidamente formalizadas empregam 500 mil vigilantes. Os números são da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores – Fenavist. O presidente da Fenavist, Jefferson Simões, lembra que “a segurança privada é um segmento legalizado”. Apesar de legalizada, muitas empresas se mantém sem regulamentação e, de acordo com Simões, a punição prevista para quem infringir a lei 7.102/83 é ainda branda. Primeiramente, é feita uma notificação para que a empresa clandestina abandone a atividade ilegal. Em caso de não cumprimento da notificação, o dono é preso. “Teria que haver uma alteração que poderia dar maior respaldo à Polícia Federal, para que ela possa punir quem presta o serviço de segurança clandestino”, defende o presidente Fenavist. Para os contratantes de serviços de vigilância, Jefferson tem uma orientação. “Todos que forem contratar uma empresa de segurança devem exigir que apresente a sua autorização junto à Polícia Federal”, aconselha. Ele lembra também que a lei não permite a existência de seguranças autônomos, todos devem estar subordinados a uma empresa.
De acordo com a lei 7.102, para ser um vigilante é necessário “ter mais de 21 anos, ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico, não ter antecedentes criminais registrados e estar quite com as obrigações eleitorais e militares”.